Francisco de Assis dos Santos Réo foi o 1º presidente da Câmara Municipal de Pará de Minas. De acordo com o historiador e genealogista itaunense Guaracy de Castro Nogueiral, Francisco Réo nasceu no arraial de Santo Antônio do Rio São João Acima, hoje Igaratinga/MG. A data de seu nascimento não se sabe, mas ele morreu em 1900. O 1º prefeito assinou a ata de instalação da Vila do Pará, em 20 de setembro 1859. Era médico prático, sustentava título de alferes, uma vez que era integrante da Guarda Nacional. Por ter sido o vereador mais votado nas eleições de 7 de agosto de 1859, apurada em 1º de setembro pela câmara de Pitangui/MG, a qual a cidade pertencia, Alferes, em conformidade com a Constituição do Império, foi proclamado presidente da câmara da Vila do Pará. O cargo conferia a ele status de chefe do Executivo e do Legislativo; ou seja, ele foi, ao mesmo tempo, o vereador presidente da câmara e prefeito. Ficou na presidência de 20 de setembro de 1859 a 7 de janeiro de 1861, embora fosse substituído várias vezes, por causa das suas atividades particulares, sendo sucedido por major Fidélis Evaristo Firmiano Ribeiro.
BENEDITO VALADARES O pará-minense que mais se destacou na vida política da cidade até hoje foi Benedito Valadares, nascido em 4 de dezembro de 1892, na Fazenda Cachoeira, em Pará de Minas, sendo filho de Domingos Justino Ribeiro e Antônia Valadares Ribeiro.
DENTISTA E ADVOGADO - Em 1914, diplomou-se em odontologia pela Faculdade Federal de Minas Gerias, em Belo Horizonte/MG. Em 1920, bacharelou-se em Direito pela Universidade do Brasil no Rio de Janeiro/RJ, quando, para custear seus estudos lecionou no Colégio Alfredo Gomes e no Instituto La-Fayette. Depois de formado, voltou para Pará de Minas e exerceu a função de advogado, durante 13 anos.
PROFESSOR E JORNALISTA - Incorporou-se ao corpo docente do Ginásio Paraense e foi diretor dos jornais O Pharol e Oeste Jornal.
VEREADOR - Iniciou a sua carreira política, em 1922, como vereador em Pará de Minas, sendo reeleito em 1926.
PREFEITO - Porém, não chegou a completar o último mandato, pois em 1930 deflagra a Revolução de 30 e ele chefiou o movimento político da Aliança Liberal, assumindo a direção da Prefeitura Municipal de Pará de Minas. Como prefeito permaneceu até março de 1933.
DEPUTADO Em 1933, se exonerou do cargo de prefeito, para se candidatar a deputado federal da Assembléia Nacional Constituinte e venceu, pelo PSDB. Foi reeleito deputado federal, em 3 de outubro de 1950.
INTERVENTOR - Aí permaneceu até dezembro, quando foi nomeado pelo presidente Getúlio Vargas como Interventor Federal de Minas Gerais.
GOVERNADOR - Depois de 15 anos com interventor foi eleito Governador do Estado de Minas Gerais, em 5 de abril de 1935, pela Assembléia Constituinte, de acordo com a Constituição Federal de 1934. Com a queda do Estado Novo, em outubro de 1945, Benedito foi exonerado do cargo de governador.
SENADOR - Em outubro de 1954, foi eleito Senador e reeleito em 1962, exercendo o importante cargo até 1971. Nesse período, por diversas vezes, representou o Brasil nas Assembléias da ONU - Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque/EUA. Morreu em 2 de março de 1973, no Rio de Janeiro, sendo sepultado em Belo Horizonte. Em 2 de março de 1979, seus restos mortais foram transladados para o cemitério Santo Antônio, em Pará de Minas.
HOJE NO Sesquicentenário, Pará de Minas possui 10 vereadores e 3 deputados, sendo dois estaduais (os advogados Inácio Franco e Antônio Júlio) e um federal (o pediatra Eduardo Barbosa).