No dia 29 de maio, 5ª feira, o diretor metropolitano da Copasa, Juarez Amorim, voltou a cidade, quando convocou a imprensa local para falar sobre a decisão do prefeito em abrir uma licitação pública para o serviço de água. Juarez ponderou que nada está decidido ainda e que a Copasa continua com as mesmas ações. Não deixe de ler.
“Primeiramente gostaria de reafirmar o compromisso da Copasa com a população de Pará de Minas. Quero dizer que a Copasa vai continuar, de forma determinada, buscando diminuir as dificuldades que a cidade está passando. O que temos definido é que a Copasa vai continuar desenvolvendo todas as ações que ela já vem fazendo. Estamos fazendo melhorias em nossa ETA - Estação de Tratamento de Água; estamos perfurando e equipando poços profundos; e transportando água em caminhão pipa. Peço paciência à população, pois o momento é difícil e as pessoas estão sofrendo com a falta de água. A Copasa tem em Pará de Minas a nossa prioridade”, garante Juarez.
COMPETÊNCIA TÉCNICA - “No último dia em que estive com o prefeito (dia 27 de maio), ele disse que estava decepcionado com a Copasa e que ele esperava uma proposta nossa. Com isso, disse a ele que não era esse o fato a ser discutido. Na verdade, o que tinha acontecido é que ele tinha dado um ultimato para que a Copasa respondesse dentro de 5 dias sobre o Plano de Saneamento que ele apresentou. Depois, perguntei se ele, realmente, queria uma proposta. Ele disse que poderíamos conversar. Falei, então, que a Copasa não quer ter uma proposta unilateral e que, se a prefeitura tiver interesse em renovar com a Copasa, eu gostaria que ele designasse um representante de sua confiança, com competência técnica e que, na minha sala, eu chamaria os 3 principais técnicos da Copasa na área de produção, onde ficaríamos reunidos quantos dias fossem precisos para se montar uma proposta para atender, plenamente, Pará de Minas. Com um detalhe: tinha que ser uma proposta que a Copasa defenda e que a prefeitura defenda também. O que eu não topo é eu fazer, pela Copasa, uma proposta e ele criticar e falar que a proposta é ruim”.
QUAL É A PROPOSTA? – “Quero dizer também que a Copasa está determinada e absolutamente convicta do interesse de continuar prestando o serviço em Pará de Minas, pelos próximos 30 anos. Mas para isso precisamos de um contrato, dando sustentação a essa oferta do nosso serviço. Eu entreguei a nossa resposta pessoalmente ao prefeito, Antônio Júlio, onde a Copasa reafirma o seguinte: Em 1º lugar, o interesse em manter o serviço na cidade; em 2º, a Copasa não se contrapõe frontalmente à solução técnica apresentada pelo Plano de Saneamento, mas julga necessário ter uma discussão técnica que seja realmente a solução para a cidade. Para nós, a prioridade número 1 é trazer água bruta para a nossa ETA e a 1ª intervenção seria uma adutora do rio Paraopeba que hoje tem a capacidade de tratar 250 litros por segundo, mas que poderá ser melhorada e poder aumentar em 50% o volume de água tratada, passando assim para 375 litros por segundo; e em 3º lugar, uma ampliação da nossa reservação de água que está sendo detalhada para as áreas da cidade onde está havendo expansão urbana, inclusive os conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida”.
SERVIÇO OU NEGÓCIO? – “O que a Copasa colocou de maneira clara é que não concorda em pagar para a prefeitura um dinheiro para poder prestar um serviço a cidade. Para nós prestarmos o serviço de abastecimento e tratamento de esgoto em Pará de Minas, o prefeito, inicialmente, pedia 20 milhões. Depois, passou para o valor percentual de 2,5% da receita e a Copasa não aceita nenhuma concessão onerosa. A Copasa não compra nenhuma cidade para ela poder prestar o serviço. O que eu quero falar é que para a Copasa a prestação de serviço em Pará de Minas não é um negócio, como afirma o prefeito, mas sim um serviço. Mas estamos dispostos a discutir como melhorar o serviço prestado em Pará de Minas. O nosso projeto é o de Pará de Minas 100%, o que significa 100% das casas ligadas em nossa rede, 100% de água tratada de padrão mundial e 100% de esgoto coletado e tratado”.
MENTIRA – “Quero falar para a população de Pará de Minas que a Copasa não saiu da cidade. Isso não aconteceu! A Copasa continua comprometida com Pará de Minas e quer continuar, mas esse processo depende do interesse da prefeitura. De uma negociação sobre o serviço de saneamento e não sobre uma negociação financeira. Digo mais: se a situação está difícil com a Copasa, não vai ser com uma empresa aventureira que a cidade vai resolver os seus problemas. A prefeitura tem 3 opções agora: 1ª) Montar uma empresa pública para prestar o serviço; 2ª) licitar e trazer uma empresa de fora; e 3ª) renovar o contrato com a Copasa.
O QUE A.J. QUER? – “A Copasa não abriu mão da concessão e continuará perseguindo a renovação da concessão. Aliás, foi essa a proposta que fiz ao prefeito. Quando apresentei a resposta falando que Pará de Minas para nós não é um negócio e que, portanto, nós não aceitamos pagar um valor X ou um percentual Y da receita para a prefeitura. É isso que está impedindo a renovação com a Copasa e isso pode ser chamado de outro nome... Podem até querer passar uma informação que deixe dúvidas nas cabeças das pessoas, mas para quem está negociando, e eu estou negociando, a questão é clara: o que a nossa proposta diferencia da prefeitura é justamente o percentual financeiro para que a Copasa continue aqui”.