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A Mãe do Ano: 17 filhos e muita energia no trabalho - 05/06/2014

Na noite de 9 de maio, foi realizada Rotary Club, a eleição da Mãe do Ano, quando Maria de Lourdes Carneiro, 77, moradora no bairro Padre Liberio foi a escolhida. Depois, a reportagem GP participou da festa em homenagem a essa mãe, no dia 27 de maio, quando conversou com o presidente da Casa, João Bosco Abreu, com a diretora social Cristina Teodoro e com a homenageada. Confira “Essa homenagem é feita há 42 anos, desde que o clube foi construído, quando sempre escolhemos a mãe que representará a cidade. Dessa vez, a escolhida foi a dona Maria de Lourdes. E não importa aqui o meio social dela que fez um esforço muito para poder criar a sua família. Gostaria de cumprimentá-la e desejar que os descendentes dela tenham o mesmo comportamento dela e esse mesmo amor aos seus filhos, netos e bisnetos”, diz João Bosco. ESCOLHA CERTA – “O período para enviar os currículos foi até até o mês de abril, para a votação acontecer no início no mês de maio e, no Dia das Mães, ela já ser conhecida. O currículo de dona Maria de Lourdes chegou às minhas mãos na minha casa, quando um filho dela mandou me entregar. O resultado foi merecido, porque ela é uma pessoa maravilhosa que, humildemente, trabalha vendendo algodão doce e pipoca, na praça da matriz. É uma pessoa muito elétrica com seus afazeres. Fiquei muito feliz com a eleição dela”, festeja Cristina. O CASACO E A TANGA - “Ajudei minha mãe a vida toda. Casei aos 14 anos, depois de namorar 3 meses escondida, só por carta. Eu era muito nova e o meu irmão mais velho ficava no nosso pé. Sempre que ele me mandava cartas, ele ia lá e rasgava. Um dia, em uma dessas cartas, ele falou com o meu irmão que queria se casar comigo. Aí, meu irmão disse que ele só poderia casar se fosse dentro de 15 dias e ele aceitou. Quando minha mãe chegou da colheita de algodão, ela me disse que casamento é coisa séria; que, quando se casa, deixa de vestir casaco para vestir tanga e me perguntou se era isso mesmo que eu queria. Eu disse que era. Tive muito exemplo das minhas patroas de como agir diante um casamento. Logo que casamos, meu marido fez uma casinha simples, nem móveis tinha direito e ele nunca pode reclamar de mim, porque sempre cuidei de tudo”, diz dona Maria. DEUS EM 1º LUGAR – “Depois que o meu marido faleceu, minha área espiritual com Deus é em 1º lugar. Deito todos os dias às 22H e acordo às 6H, mas antes de levantar rezo 3 terços na beira da cama. Só depois disso começa a minha rotina. Sou ministra de eucaristia e enho prazer de fazer isso para Deus, pois ouço o Seu chamado. Mesmo com meus 77 anos, vendo algodão doce e maçã do amor, faço capina e já lavei muita roupa para os outros. O meu destino é ajudar. Tive 17 filhos, 13 estão vivos, 36 netos e 24 bisnetos. TUDO ERRADO – “A juventude de hoje está muito desregrada, não há respeito entre eles. Vejo isso na minha própria família; meus netos não falam mais em namorar, apenas em ficar e eu não aceito isso! Não acho certo mesmo! Tem de se ter respeito! É muito feio o namoro de hoje... Mas, fazer o quê se é isso que está acontecendo hoje em dia”? NAS ALTURAS – “Só tenho que agradecer... Estou muito satisfeita e não esperava receber essa homenagem no Dia das Mães. Eu não esperava que um dos meus filhos ia me colocar assim, nas alturas. Sou muito grata a todos”!

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