Tropas do Exército de unidades do interior de Minas começam a chegar a Belo Horizonte para participar do esquema de segurança durante a Copa do Mundo, que vai contar com helicópteros e armamentos pesados. São cerca de 1,5 mil militares, que atuarão em caso de confrontos com manifestantes ou para garantir a segurança de seleções que vão jogar no Mineirão. Na segunda-feira, a tropa se reunirá na sede do 12º Batalhão de Infantaria (BI), no Barro Preto, na Região Centro-Sul, para as instruções finais. O tenente-coronel Marcus Messeder informou que a tropa ficará de prontidão durante os jogos do Mundial. “Trata-se de uma força de contingência que só agirá mediante ordem da Presidência da República”, informou. Os militares que chegam para reforçar a segurança na cidade ficarão distribuídos em unidades da corporação em BH, como no Colégio Militar, na Pampulha, no Comando da 4ª Região Militar e no 12º BI. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds-MG) informou ontem à noite que está “avaliando o uso dessa força”. Além dos preparativos finais, a 4ª Região Militar vai concentrar o efetivo, equipamentos, armamentos, munição e viaturas. Além dos cerca de 1,5 mil militares, o esquema do Exército na capital mineira vai contar com 242 viaturas militares, 10 motocicletas e três helicópteros, um deles com o sistema olho de águia, dispositivo que permite a transmissão em tempo real de imagens, em meio a tumultos. Entre os militares, estão especialistas em diversas áreas, como defesa cibernética, defesa química, biológica, radiológica e nuclear, explosivos, terrorismo, entre outros. Às tropas de unidades de Belo Horizonte estão se somando militares de Juiz de Fora e Santos Dumont, na Zona da Mata, São João del-Rei, Campos das Vertentes, Sete Lagoas, Região Central, e Petrópolis (RJ), integrantes da Força Terrestre Componente (FTC), da estrutura de Coordenação de Defesa de Área vinculada ao Ministério da Defesa. UFMG O câmpus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Pampulha, não vai servir de base operacional do Exército este ano. Na Copa das Confederações, em junho de 2013, a corporação ficou por cinco dias na área, às vésperas do jogo da Seleção Brasileira contra o Uruguai, pela semi-final, o que gerou protestos. A reitoria da universidade divulgou nota em que informa que a proteção do patrimônio público da instituição será realizada por seu pessoal da segurança, sem a presença de policiais ou de integrantes das Forças Armadas. A direção da UFMG também descartou o uso do campus Pampulha para estacionamento ou embarque e desembarque de torcedores. Nos dias de jogos, apenas pessoas da comunidade universitária, previamente cadastradas, terão acesso ao local.