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ANO 41 - Nº 2051
20/12/2024


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FALA LEITOR - 26/06/2014

PRESIDENTE VAIADA A elitização do futebol brasileiro é um processo consequente da transformação dos clubes em empresas. O raciocínio corporativo prevê como principal objetivo das atividades a busca pelo lucro. Trocar o Zé Povão das arquibancadas por uma elite branca, loira e endinheirada reflete no balanço: é lucro certo. Quanto ao lado esportivo, é prejuízo, pois o comportamento não é do tradicional torcedor. Costumam vaiar se o time não está goleando aos 15 minutos. Os cânticos são os da moda, caretas e nada emocionantes. Alguns milhares de Mauricinhos e Patricinhas juntos, cheirosos e limpinhos, são também raivosos e nada educados. Foi dessas boquinhas bem lavadas que saíram palavrões a ofender a presidente da República, durante o jogo de abertura da Copa do Mundo, em São Paulo. A turma, além de não demonstrar uma pitada de respeito à maior autoridade do país, também pisou forte na coerência. Xingam a presidente, mas foi essa mulher uma das responsáveis pela realização, veja você, da Copa no Brasil. Discordância política não é sinônimo de ódio, lição que os endinheirados frequentadores das novas arenas esportivas não aprenderam. O mesmo modo de agir está nas redes sociais. Navegue uns minutinhos no Facebook e Twitter; é fácil se deparar com eles. (BRUNO QUIRINO, Divinópolis/MG, cujo título original é Playboyzada Raivosa). CERIMÔNIA DE ABERTURA PÍFIA Passei os últimos dias muito ansiosa. Quase que contando os dias para o começo da Copa do Mundo de Futebol. Não só por causa dos jogos, mas pela cerimônia de abertura, no estádio do Corinthians. Desde que ouvi pela 1ª vez o nome de Miguel Nicolellis (neurocientista) fiquei muito interessada no trabalho dele. Depois, até comprei uma cópia da entrevista que ele concedeu à Rede Bandeirantes de Televisão e assisti a ela muitas vezes. Procuro saber do que acontece lá onde ele trabalha no Brasil, que é um instituto situado em Natal/RN. Considero suas pesquisas extraordinárias e leio tudo que a elas se refere. Vivi momentos esperançosos de ver o 1º paraplégico, escorado por um aparelho desenvolvido pelo neurocientista e sua equipe, andar e dar o chute inicial da copa. O que aconteceu? Ao certo, não sei. Mas surgiram informações de que a Fifa teria impedido a exibição, porque não fazia parte do protocolo da Copa. Outra informação foi a de que o aparelho era pesado e machucaria o gramado. E outra era de que, não tendo sido publicado nas revistas oficiais de medicina o projeto do cientista, ele ainda não deveria ser mostrado ao público. Esse assunto de mobilidade humana mexe comigo. Mesmo porque tenho por certo que danos de preconceito a gente só consegue avaliar quando é vítima na questão. Somente sabe do que é preconceito racial o negro, o índio, o oriental ou o que não é igual aos ofensores. Os demais podem avaliar, mas não sabem o estrago causado. Somente gordos sabem o que é ser ridicularizado. Muitas vezes não com palavras somente, mas com risos, olhares e gestos. Mesma coisa com os baixos ou altos acima da média, os pobres, os homossexuais. Enfim, somente o ofendido sente a ofensa. Os demais avaliam por causa do sentimento de empatia, de solidariedade ou de fraternidade. Mesma coisa os cadeirantes, deficientes e portadores de necessidades especiais de locomoção. Agora, um neurocientista brasileiro descobre como liberar deficientes físicos de sua cadeira, vestindo uma armadura hoje ainda pesada. Amanhã, certamente uma placa leve nas costas. O que faz o governo brasileiro para valorizar a nossa produção científica em matéria de tamanha importância mundial? Nada! No que deveria ser uma mostra da esperança que esse invento traz, usando a maior vitrine do mundo, o governo se abaixa, mais uma vez, às exigências da famigerada Fifa, uma organização maior que a ONU, maior que o Papado, maior do que tudo. Um big brother que faz e desfaz neste país como se dele fôssemos reféns e capachos. Muda o estatuto dos estádios e manda liberar bebida alcoólica, quando isso já havia sido superado. Eleva os preços dos ingressos a um patamar tal que somente os ricos têm acesso. Enfim, mandam e desmandam. E, como pá de cal, acabamos por ver uma cerimônia de abertura pífia, muito aquém do nosso talentoso povo, importada, burocrática e infanto-juvenil. (...) Cantores que não nos representam, música ininteligível e ruim. Que significa Jénnifer Lopez cantar no Brasil em nosso nome? Nadica de nada! E aquele cantor cujo nome nem sei? Que é que é isso? Não temos músicos maravilhosos, dançarinos esplêndidos e a melhor música do mundo? E nossos coreógrafos, capazes de fazer o maior espetáculo da Terra, a partir do povo? Fiquei até pensando que a coreógrafa contratada fosse parenta do presidente da Fifa. Será? Se for, é o caos do caos. Enfim, houve a abertura, ganhamos com dificuldade, ajudados pelos olhinhos fechados do juiz, mas ganhamos. Não precisava daquela ajuda. Vamos em frente que atrás vem gente. Mas, ninguém merece tanta subserviência! HILA FLÁVIA MARINHO, BH/MG, cujo título original é O Começo da Copa do Mundo. Enviado por Flávio Lúcio Mendonça Villaça). MÚSICA E SAÚDE Quem nunca gritou de alegria, quando começou a tocar a sua canção preferida? Ou então se sentiu mais animado, depois que ouviu aquela música alegre? Ou ainda colocou uma musiquinha calma só para relaxar? Pois é, dá pra sentir que a música faz bem para a alma. O legal é descobrir que ela também faz bem para o corpo, ajudando inclusive no tratamento de várias doenças. É isso que faz a musicoterapia. Dá pra sentir no corpo as alterações que a música causa. Dependendo do ritmo, a respiração se torna mais calma ou mais ofegante, a pressão sanguínea aumenta ou diminui, os batimentos cardíacos se tornam mais fortes ou mais leves. E isso já foi comprovado, através de vários estudos como os divulgados pela American Music Therapy Association - AMTA, dos Estados Unidos, e pela World Federation of Music Therapy - WFMT, localizada em Gênova, na Itália. Além disso, a música fala diretamente ao sistema límbico do cérebro (região responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade), contribuindo para a socialização e até mesmo aumentando a produção de endorfina. Por isso, pode ser usada no combate à depressão, ao estresse, à ansiedade; no alívio dos sintomas de doenças como hipertensão e câncer; e no tratamento de pacientes com dores crônicas. (URBANO MEDEIROS, PM/MG).

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