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POESIA DA VIDA - 03/07/2014

Por: Nair Aparecida Albino 97 anos... fim de século... / Uma geração que passa / Levando consigo uma história / Deixando para traz um mistério. / No início deste século, / Uma estrela nasceu /Para não passar tão depressa, / Pois quase um século já viveu / Mulher em forma de estrela / Tem uma luz a iluminar / Em seus olhos a cor do céu / Aos 98 anos, pode ainda brilhar. / Em terra seca caiu... / Quase a dor a levou / Mas Deus segurou a mão / E a sua alma regou / Deu-lhe de coração aberto / E muitos dons ofereceu / Fazendo-se digna Dele. / Em todo o tempo viveu / Da caridade ao amor, / Da humildade à alegria. / Assim foi a sua vida / Como se fora estrela guia / 99 anos... Seu pensamento se eleva / Nem gesto de grande bravura, / Levanta os braços, olha o céu e diz: / Que pena! O tempo acabou e eu nada fiz! / Suas mãos sempre cruzadas / Em oração, passa o dia / Segura firme o crucifixo / E entrega a Maria / Qual semente guardada. / Num relicário comum, / Espera um dia ser plantada / E dar frutos cem por um. / Nesta verdade acredito, / Pois viveu amando os seus / Terá com certeza, no céu, / Todas as bênçãos de Deus. / Quase em século viveu / E ainda vive, pois não morreu. / A vida é um mistério, é dom de Deus / E respeitá-la é um dever. / Ser apaixonado pela vida / Eis o segredo do bom viver! / Ofereço esta poesia aos meus familiares e amigos que estão sempre ao meu lado. (Poesia feita para homenagear a mãe, Francisca Percília Ribeiro Miguel, no dia de seu aniversário, em 2010. Francisca tem hoje 101 anos e foi mostrada por esta GAZETA na edição anterior, seção História de Vida).

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