Para inaugurar a 231ª Mostra GP, que ficará exposta na recepção da GAZETA, durante 2 meses, a reportagem GP convidou o talentoso e culto arquiteto e artista plástico belo-horizontino, José Márcio de Castrosouza, 70, que, no momento, tem feito trabalhos artísticos a partir de pequenas cabaças. Veja os melhores momentos de sua curta entrevista.
“Meu pai, Arthur Castro Souza, recém-formado em Engenharia Civil, foi preso por motivos políticos, em 1937, e encarcerado na Ilha Grande/RJ. Minha mãe, Zoé Gontijo, foi professora de pintura - óleo sobre tela, madeira e azulejo, além de ministrar aulas particulares em Lavras/MG, na década de 40. Portanto, sempre convivi com pincéis e tintas”, resume sobre a sua origem, José Márcio.
CARREIRA – “No curso primário sempre fui o melhor desenhista da sala, no Colégio Santa Helena, em Belo Horizonte; isso na década de 50. Estudei também nos colégios Santo Antônio, Estadual e Marconi. Passei pouco tempo na Engenharia, menos de um ano. Aí, frequentei a Escola Guignard, na década de 60. Convivi muito com os artistas plásticos Selma Weissmann, José Maria Ribeiro, Chanina e outros”.
INFLUÊNCIA – “William Blake, poeta romântico inglês e artista gráfico, e Celso Renato, artista mineiro, tiveram grande influência em mim. Sobre o trabalho com as cabaças só comecei de um tempo pra cá. Tudo começou, quando eu, para amaciar, em casa, um motor de aeromodelo para o Pedro, meu filho (já falecido), precisei de um silenciador que custa caro... mais caro que o motor. Então, o jeito foi eu fazer o silenciador de cabaça” (riso).