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CRESCE A VIOLÊNCIA - Cidade já tem 5 médicos legistas. - 10/07/2014

O médico legista trabalha com a medicina legal, aplicando conceitos técnicos-científicos da medicina à causas legais e jurídicas. Ele é responsável por fazer o exame de corpo de delito em vítimas - vivas ou mortas - elaborando laudos que permitam a análise de fatos ocorridos, durante o crime. Curiosa, a reportagem GP fez uma investigação, quando descobriu que na cada vez mais violenta Pará de Minas já existem 5 profissionais atuando nessa área. 4 deles são de outros municípios - Diego Carvalho Garcia e Igor Braga, de Belo Horizonte; Iedo Avelino Dias, de Igarapé/MG; Sandro Henrique Paiva, de Itaúna/MG; e um 1 de Pará de Minas, o popular ex-vereador Ênio Talma. A reportagem GP conversou ele sobre essa intrigante profissão. Não deixe de ler. “Para se tornar médico legista é necessário passar por um concurso do Estado. Depois, o médico é levado para fazer um curso na Academia de Polícia, mais conhecido como Curso de Médicos Legistas. No meu caso, que é um caso especial, sou médico legista AD-HOC, já que fiz o curso no I.M.L. - Instituto Médico Legal para me tornar legista em Pará de Minas”, resume o médico Ênio Talma. MORTOS E VIVOS “Faz 17 anos que estou em Pará de Minas como médico legista, onde atendemos todo o serviço, fazemos a perícia, o conhecido corpo de delito, tanto em mortos, quanto em vivos. Atualmente, o governo tem feito coisas, em relação à demanda de médicos legistas, que, ao meu ver, são muito estranhas. Precisávamos de um novo concurso para que tenhamos mais médicos legistas em todo o Estado de Minas Gerais, porque realmente está faltando médicos legistas no Estado inteiro. Aqui, em Pará de Minas, não podemos reclamar, já que a demanda está bem suprida, visto que hoje somos 5 médicos legistas. Durante muito tempo, havia apenas 1 médico legista e, em uma certa época, não havia nenhum. Mas algumas cidades próximas sofrem com esse problema ainda. Há pouco tempo, Itaúna/MG, Divinópolis/MG e Formiga/MG compartilhavam dos mesmos profissionais e, quando havia uma morte em Itaúna, por exemplo, e era necessário fazer necropsia o corpo tinha de ser levado para a cidade onde estava o médico. E Formiga fica a pelo menos 3 horas de viagem. Nesse tempo, os outros municípios queriam que Pará de Minas também entrasse no rodízio, mas nós não aceitamos e decidimos ficar apenas com o nosso próprio trabalho”. TEM DE GOSTAR “Para as pessoas que têm interesse em seguir essa profissão, eu aviso que elas devem saber exatamente o que vão fazer e devem, sobretudo, gostar disso. Essa profissão tem espinhos e, na maioria das vezes, são descobertos no decorrer do curso ou do trabalho em si. Com isso, muitos desistem, no início, no meio do curso ou quando estão começando a atuar. Entretanto, aqueles que persistem acabam tomando gosto pela coisa, porque realmente é uma profissão fascinante, onde descobrem-se muitas coisas que auxiliam o trabalho da polícia e da justiça, desvendando mistérios de homicídios, descobrindo suicídios e muitas outras coisas”.

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