Berlim - A NationalMannshaft, a seleção alemã tetracampeã na Copa do Mundo do Brasil chegou hoje (15) a Berlim, sendo recepcionada por centenas de milhares de torcedores na Porta de Brandemburgo. Sem esquecer do carinho que receberam do público brasileiro, os jogadores empunharam uma faixa em português e alemão na qual se lia a mensagem "Obrigado fans!".
Antes da festa, os alemães viveram uma manhã de expectativa. A chegada aconteceu com uma hora e 20 minutos de atraso em relação ao horário previsto da aterrissagem no Aeroporto de Tegel. Parte da demora foi causada porque o comandante do avião fez uma passagem pela Pariser Platz, onde a multidão foi à loucura.
Às 10h20 da manhã – 5h20 em Brasília –, os jogadores deixaram o avião, liderados pelo capitão da equipe, Philipp Lahm, que trazia na mão a taça conquistada no Rio de Janeiro, no domingo, na vitória de 1 a 0 contra a Argentina. Ainda na pista, o grupo foi recepcionado por um batalhão de jornalistas e por autoridades. Eles deixaram o aeroporto em um ônibus da seleção e a seguir realizaram parte do trajeto em um caminhão aberto, que trazia na lateral quatro estrelas, indicando os anos de cada uma das copas vencidas pela Alemanha: 1954, 1974, 1990 e 2004.
No caminho, Berlim parou para ver os campeões passarem, interrompendo o dia útil de trabalho. As principais avenidas do centro foram tomadas pela multidão, rigorosamente enquadrada pela polícia, que controlava todos os acessos à região do Portão de Brandemburgo.
Por volta de meio dia, o time de Löw e os integrantes da delegação chegaram enfim à recepção preparada pelo prefeito de Berlim, Klaus Wowereit. Só então puderam se juntar aos torcedores. No palco montado para a Copa do Mundo, eles foram ovacionados pela torcida, já cansada da espera sob o sol do verão europeu e da espera – para muitos iniciada antes das 7h. No palco, dançaram e entoaram "Deutschland! Deutschland!", puxando a torcida. Lukas Podolski, claro, não deixou de lado o telefone celular, com o qual tweetou: "A Copa está em Berlim!", posando para foto com o meia Schweinsteiger.
Na praça Pariser, adolescentes e jovens adultos que jamais haviam visto a Alemanha campeã mundial – o último título havia sido em 1990 –, apareceram em massa, aproveitando as férias de escolas e universidades. Mas os adultos também não deixaram de prestigiar a festa, fosse para saudar pessoalmente os ídolos, fosse para levar seus filhos a um dia histórico para o esporte nacional.
"Vim trazer meus filhos para que eles guardem na memória esse evento histórico", afirmou Henrik Jürgen, profissional liberal de 35 anos. Eu, por exemplo, era pequeno quando fomos campeões pela terceira vez, em 1990, e gosto muito daquela lembrança".