A Câmara Municipal de Pará de Minas promove na noite desta terça-feira (15) uma audiência pública para avaliar a falta de água na cidade.
Na segunda-feira (14), os moradores voltaram a protestar contra os problemas no abastecimento do município. De acordo com a Polícia Militar, um grupo se reuniu em frente à prefeitura e seguiu para a rotatória que liga os bairros Padre Libério, Santos Dumont e a rodovia MG-431.
Ainda segundo a polícia, os manifestantes atearam fogo em pneus e pedaços de madeira, impedindo o tráfego de veículos nas vias. A manifestação começou por volta das 12h30 e foi concluída às 19h40, após negociação com a polícia.
Em nota emitida pela prefeitura nesta terça, o prefeito Antônio Júlio afirma que o processo licitatório para solucionar a questão está na penúltima fase do processo licitatório e que o edital será apresentado para a população. "Caso a estatal [Copasa] queira assinar o contrato com base neste documento e resolver o problema da falta de água imediatamente, eu não vejo nenhuma dificuldade em renovar com a estatal", diz a nota.
A Copasa informou que permanece em Pará de Minas com o compromisso de tentar solucionar os problemas de água e o interesse em permanecer no município, porém, não participa de licitações. Ainda segundo a Copasa, os investimentos a longo prazo só serão feitos se o contrato for renovado.Indignação
Na sexta-feira (11), cerca de 500 moradores fecham os dois sentidos da rodovia MG-431. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMR), os moradores interromperam o fluxo de veículos na região por cerca de duas horas, o que causou um congestionamento de aproximadamente 10 quilômetros.
Os manifestantes se reuniram na entrada do Bairro Padre Libério e queimaram pneus e galhos de árvores. Por volta das 17h, a PM informou que a situação estava controlada. "As pessoas estão no direito delas, vamos reprimir em casos de excessos e acidentes. Nossa função é monitorar", afirmou Leonardo. A polícia informou ainda, que caso a situação se agravasse o Batalhão de Polícia Especializada (BPE) de Belo Horizonte poderia ser acionado. Na ocasião, duas viaturas do Corpo de Bombeiros foram para o local a fim de controlar as chamas geradas no protesto.
Falta de água
Segundo os moradores, o problema na cidade ocorre desde 2009. O caminhoneiro Rogério da Silva França contou que no Bairro onde ele mora falta água há 10 dias. "Não tem água na cidade, não aguentamos mais essa situação, está insuportável", afirmou, destacando que está entre os manifestantes.
Cláudio Júnior Flávio também participa do protesto. Ele mora no Bairro Padre Libério e conta que está há 12 dias sem realizar atividades normais em casa, como tomar banho e lavar as louças. "Sem água não tem jeito de fazer absolutamente nada", afirma.
FONTE: G1