Perder jogo em semifinais de Copa de Mundo de Futebol é a coisa mais comum do mundo. Entretanto, os placares são apertados, tipo 1 a 0, quando não é empate, o que ocorre na maioria das vezes. Como definir, então, o que aconteceu naquele trágico dia 8, 3ª feira, no Mineirão, com o maior público da Copa no Brasil? Em menos de 30 minutos o placar do jogo pulou de 0 a 0 para 5 a 0, chegando no fim ao terrível 7 a 1. Depois desse dia, a tristeza se abateu sobre o país e não se ouvia outro assunto de norte a sul do Brasil. Diante disso, a reportagem GP ouviu 6 pessoas, entre transeuntes e entendidos do assunto. Fez a todos eles a mesma pergunta: O que aconteceu nos 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil? Confira.
1. “O que começa errado, termina errado. Ter um treinador que fala que poderia jogar com a mesma tática da Copa de 2002 com 3 zagueiros e ter um diretor técnico que diz que gol é detalhe, tinha que dar no que deu mesmo; não foi nenhuma novidade. Um resultado vergonhoso para o futebol brasileiro, mas acho que, com esse resultado, muita coisa pode ser melhorada. Se eu fosse o técnico da seleção teria mudado muita coisa, principalmente a convocação de um meia-armador de qualidade para fazer a bola rodar pelo meio de campo, como o Paulo Henrique, o Ganso, do São Paulo; ou até mesmo o Alex, do Coritiba. E outra coisa: colocar a culpa dizendo que os jogadores da seleção são muito jovens é uma grande mentira, porque a maioria dos jogadores têm experiência e jogam em times europeus”. Geraldo Faria, 65, presidente da Liga Desportiva, bairro São José; 2. “Excesso de confiança! Quando um time inferior tecnicamente vai jogar com um muito superior deve se manter o time bem recuado explorando, o máximo possível, os contra-ataques. A Seleção Brasileira saiu para o jogo para tentar jogar de igual por igual, deu espaços e, quando percebeu que não era assim, o jogo já havia virado goleada. Quanto aos jogadores foram convocados os melhores, só que os nossos melhores estão abaixo de muitos times do mundo que se preocupam em revelar atletas”. Luciano Messias, 36, vendedor, São Pedro; 3. “Humilhação, frustração, uma derrota que, acima de tudo, fará o brasileiro repensar seus conceitos sobre futebol. Que essa gigante derrota se transforme em um grande aprendizado e que possamos absorver, da melhor forma, para podermos sair vitoriosos, daqui pra frente, através dessa aula dada pelos alemães de como ser uma equipe e, acima de tudo, como respeitar o adversário”. Renato Alves, 33, locutor da Rádio Stilo FM, São Luiz; 4. “Ótimo! Tomara que sirva de lição, pois o Brasil ficou todos esses anos em função dessa Copa, esquecendo-se das coisas essenciais para a população”. Airton Caetano Moreira, 37, eletricista, São Francisco; 5. “O Brasil não merecia mesmo ganhar! E antes que me atijolem impropérios, eu explico: O Felipão errou! Escalou Bernard, atacante menino como titular e esqueceu de fortalecer seu meio de campo, deixando sua defesa fragilizada contra um time que joga junto há mais de 6 anos. A Seleção Brasileira, com essa formação, não chegou a treinar juntos nem uma vez, sequer. Aí, deu no que todo o mundo viu: goleada! Mesmo com Neymar e Tiago Silva não teríamos chance. Venceu a competência! No futebol, perdemos de 7 da Alemanha que quem estamos a anos-luz”. Nagib Mansur Júnior, 44 , personal trainer, Senador Valadares; 6. “Achei foi muito bem feito! O Brasil necessita de investimento é na qualidade de vida do brasileiro. Investimentos em saúde, na segurança e na educação e não gastar bilhões para realizar uma copa, onde apenas os ricos puderam ir aos estádios”. Sílvio Antônio Monteiro, 28, trabalhador autônomo, Santos Dumont.