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ATROPELAMENTO DE PAI AINDA É MISTÉRIO - 25/07/2014

No dia 11, à noite, o mais conhecido comerciante de Onça de Pitangui/MG, Geraldo Santana de Oliveira, mais conhecido como Geraldo Gumercindo, Geraldo da Onça, Geraldo do Restaurante ou Geraldo 6ª Feira, morreu atropelado na BR-352, rodovia que liga Pará de Minas a Pitangui/MG. Tragédia ainda maior: o acidente ocorreu no dia em que ele completava 77 anos. Dias depois, ainda abalado, o filho dele, também Geraldo, só que Magela Galvão de Oliveira, 49, funcionário público, atendendo a um pedido da reportagem GP, esteve na sede do jornal, quando falou com exclusividade sobre essa fatalidade que, segundo ele, ainda é um mistério. Não deixe de ler. “Meu pai, um homem conhecido por todos, carinhosamente chamado por Geraldo 6ª Feira ou Geraldo da Onça, era uma pessoa de extrema simplicidade pelo jeito de viver. Foi um ser humano que veio ao mundo para servir aos outros. Em qualquer situação, meu pai era um homem disposto a servir. Muitos dizem que ele era uma bandeira de Onça de Pitangui, porque ele espalhou o nome da cidade por toda Minas Gerais. Em qualquer local do Estado que você disser o nome de Onça, sempre tem alguém que vai comentar que já almoçou no Geraldo da Onça. E isso é motivo de grande orgulho para nós, seus filhos, sobrinhos e netos”, orgulha-se o filho Geraldo. O MOMENTO DO ACIDENTE - “No dia 11, 6ª feira, data de seu aniversário, ele estava muito feliz. Veio a Pará de Minas, de manhã, trazer o caminhão para uma revisão e retornou de ônibus. À tarde, ele estava voltando para buscar o caminhão, mas, chegando próximo à granja do Zé Maria Assunção, na BR-352, o caminhão ficou sem óleo e ele parou em um local muito perigoso. Em seguida, um rapaz de Onça, que estava com meu pai, sugeriu que eles sinalizassem o lugar. Aí, ele deixou meu pai no local e foi buscar socorro. Nesse meio tempo, não é possível precisar o que ocorreu... Acredito eu que ele pode ter se distraído com o celular e caminhado para a pista e ter sido atropelado... Ele ainda estava com vida, quando foi socorrido e levado para o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Pará de Minas, onde foi constatado uma lesão no baço que acabou estourando... não foi possível fazer mais nada. Ele ainda contou que não se lembrava de nada do momento do acidente, não viu carro ou algo similar se aproximando... Eu acredito que ele possa ter sofrido esse acidente por distração... nada justifica”. VELÓRIO CONCORRIDO - “Durante seu velório, no dia seguinte, sábado, pedi ao prefeito de Onça, Geraldo Tachinha, que liberasse o ginásio, pois imaginávamos que compareceriam várias pessoas. Eu fiquei impressionado! Onça de Pitangui ficou pequena diante tantas pessoas que foram prestar uma homenagem a ele. No domingo, 13, fui ao restaurante e, entre as 11H30 e 12H30, passaram por lá mais de 40 carros. Muitos foram levar um abraço... o telefone tocava o tempo todo... mensagens por redes sociais chegando... Isso confortou muito o nosso coração”! ALGO MAIS? - “Eu tenho apenas mais duas palavras para dizer: Obrigado, pai! Por tudo que ele foi para nós. Ele formou cidadãos. O exemplo de vida dele foi ensinar a gente a trabalhar... Onde ele estiver agora, eu o agradeço muito. Ele tinha um coração do tamanho do mundo! Eu e meus irmãos, vamos continuar com o restaurante, da mesma maneira. Não vamos mudar nada”!

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