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A agonia da Cidade Ozanan - 31/07/2014

A Cidade Ozanan é uma obra que faz parte da Sociedade São Vicente de Paulo que, há décadas, desenvolve um trabalho voltado para os cuidados com os idosos. A Cidade Ozanan conta hoje com cerca de 80 residentes, entre 65 e 105 anos de idade, e uma equipe de 46 funcionários que se dedicam nas mais variadas atividades. Entristecido com a situação atual do local, o corretor de imóveis, Édson Campolina Pontes, procurou a reportagem GP para fazer um desabafo sobre este e outros assuntos. Saiba quais. “A Cidade Ozanan foi uma ideia do Romeu Leite, mas ele não teve apoio do povo de Pará de Minas. Com isso, ele mudou-se para Belo Horizonte e deixou a Cidade Ozanan abandonada. Diante disso, o bispo Dom Cristiano Portela de Araújo nomeou uma comissão para construir a Cidade Ozanan, nomeando José Campolina Pontes, Divino Guimarães e eu. Começamos a reforma, sendo eu o diretor. Esse prédio que hoje está todo quebrado, antigo Cersam, era um prédio que dava sopa para 100 crianças com ajuda da irmã Giovanna. Era algo maravilhoso! Existiam as irmãs de caridade que auxiliavam muito. Agora, não sei o porquê, lá está se tornando um asilo com a finalidade de cuidar dos velhos e ajudar aos pobres que não têm condições. Era uma maravilha e eu cuidei de lá com o maior amor”, relembra Édson. ALERTA - “A Cidade Ozanan sempre foi visitada, contando com 260 pessoas abrigadas. Os comerciantes nos ajudavam muito com arroz e feijão. Eu levei os pobres para lá com muita dificuldade, porque ninguém queria me ajudar. Tive uma decepção enorme, quando fui fazer uma visita lá, há 30 dias, e vi aquele prédio (antigo Cersam) todo quebrado. Parece um cemitério desleixado. É um absurdo! Eu tive um enorme trabalho para erguer a Cidade Ozanan... só o nome que ainda é bonito, o resto está acabando. O comércio e as indústrias deveriam ajudar os confrades. Lamento e fico triste com essa situação que lá se encontra”. FESTA DO ALHO - “A Festa do Alho Queimado que aconteceu foi algo que merece elogios e agradecimentos, porque já foi um começo para chamar a atenção da população para que cuidem de algo que pertence a Pará de Minas! É magnífico o que fizeram, mas peço que continuem a promover esses tipos de eventos. O presidente atual, José Maria Ribeiro, é muito honesto, mas ele sozinho não consegue”...

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