Além da falta d’água, os moradores de Pará de Minas têm sofrido bastante com a grande infestação de pernilongos na cidade. Neste ano, houve um aumento significativo desses insetos que passaram a incomodar, até durante o dia. A invasão dos mosquitos está impossível de ser controlada e as pessoas buscam diversas alternativas para atingir o alvo como repelentes, inseticidas, incensos e até dispositivos eletrônicos como as modernas raquetes. Mas especialistas alertam sobre os cuidados necessários para se fazer uso desses produtos que podem fazer mal para crianças e para pessoas alérgicas ou com problemas respiratórios. Para saber mais sobre o assunto, a reportagem GP conversou com o diretor da Vigilância Sanitária, Carlos Henrique Lázaro. Confira.
“Essa invasão dos pernilongos tem sido causada pela falta de chuva e também pela margem baixa de água na rede esgoto. Isso gera a eliminação de gases, resultando na evacuação dos pernilongos nesses locais. Eu creio que, com essa chuva, os pernilongos evadam das casas e retornem aos ribeirões. Outro fator é o desmatamento, pois os pernilongos saem de seu habitat natural, migrando para a cidade”, informa Carlos Lázaro.
E O FUMACÊ? NÃO PODE? – “As pessoas falam do uso do fumacê que não é a maneira mais adequada, além de ser proibido pelo Ministério da Saúde. O fumacê só é utilizado no combate do mosquito Aedes Aegypti e o Estado libera o uso apenas em casos de epidemia de último grau. Se entrarmos com o uso do fumacê, nesse período seco, poderemos desenvolver pneumonias e o agravamento de bronquite. Podemos até resolver os problemas dos pernilongos, mas iremos gerar outros problemas, inclusive a morte. É preferível ficar com os pernilongos do que trazer outros malefícios para a população. A nossa orientação é que as pessoas abram suas casas durante o dia e, ao entardecer, as fechem, o mais cedo possível. Além disso, recomendamos o uso de telas de proteção e repelentes”.
VENDAS ELEVADAS - A reportagem GP também conversou com o empresário Misael de Almeida, vencedor do Garra na área do Comércio. Ele falou da crescente venda das raquetes elétricas. Saiba o que ele disse.
“Essa infestação dos pernilongos é devida à falta de água, pois a morada dos pernilongos são os córregos. Se antes os pernilongos só apareciam à noite, agora, a qualquer hora, eles estão por aí. Enquanto não chover, a proliferação deles é maior ainda. A raquete não é nociva à saúde e também não é tóxica. Poucas pessoas conseguem dormir com o zunido dos pernilongos e a raquete é um item imprescindível para esses casos. Nossa média de vendas é algo assustador: cerca de 350 a 400 raquetes/mês em nossa rede de lojas!”
FUNCIONA MESMO? - “Trabalhamos com dois tipos de raquetes: uma é recarregável e outra, à pilha. É importante lembrar que a raquete é um produto sensível que não dá choque, mas é preciso tomar cuidado para não deixar as crianças brincarem e usá-las. O objetivo das raquetes é matar pernilongos e elas são eficientes! Lógico que existem outros meios para combater os pernilongos como o uso de inseticidas, mas é algo que nem todos podem usar, já que algumas pessoas são alérgicas. Posso afirmar que a raquete é um item essencial para os pará-minenses. Uma noite bem dormida não tem preço”, acredita Misael.