Recentemente, a reportagem GP conversou com a jornalista pará-minense Dorinha Aguiar sobre os livros que ela tem lançado. Na ocasião, ela aproveitou o momento para falar do assunto mais grave que a cidade tem vivido: a falta d’água. Não deixe de ler.
“Estive em Pará de Minas, há alguns dias. A cidade está fedendo a fezes! Algumas pessoas estão fazendo suas necessidades em sacos plásticos e colocando-os nas lixeiras para economizar a pouca e rara água a que têm acesso. No início de 2000, lancei em Pará de Minas o projeto Guardiões do Rio. Paguei para lançar o programa, desenvolvido por mim e duas amigas, uma delas, Vera Lúcia Campolina e Silva, minha comadre e amiga. Queríamos fazer algo de bom para a sociedade. Encontramos na Superintendência Regional de Ensino de Pará de Minas, Tânia e Vânia Morato, o suporte educacional para o sucesso do programa, e na Siderúrgica Alterosa o único recurso financeiro para imprimir e distribuir o material do programa. Os políticos da cidade, assim como outros líderes de entidades e associações, prometeram e não cumpriram. Ressalto o programa porque, naquela época, eu alertei para o risco da falta de abastecimento (de água) da cidade, porque estudei o assunto e desenvolvi o programa especificamente para a minha cidade. Como sempre acontece, os líderes não se interessaram em levar o problema a sério. Deu no que deu!!! Fico indignada com isso, porque estou fora de Pará de Minas, desde 1979, e constatei o problema. Afinal, o que os políticos fazem, morando aí, convivendo com as pessoas e a realidade? Sinceramente, estamos carentes de gente séria. Vamos eleger quem possa ter caráter e dignidade para assumir suas responsabilidades e compromissos. No mais, amo minha cidade e gostaria que todos fossem felizes e que haja paz e solidariedade em cada coração”.