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Salário mínimo será 12 vezes maior do que há 20 anos, se for aprovado - 01/09/2014

O salário mínimo no Brasil passou de R$ 64,79 em 1994 — quando foi criado o Plano Real — para R$ 724 atualmente. Nesta semana, o governo federal apresentou a previsão de gastos para o próximo ano, no qual inclui o valor de R$ 788,06 para o mínimo. Se o Congresso aprovar a proposta, o salário terá aumentado 12 vezes em 20 anos. Confira a seguir mais informações sobre o mínimo. Desde que o real entrou em circulação, poucas vezes o salário mínimo subiu menos do que a inflação. A fórmula que reajusta o valor leva em conta a inflação e o resultado do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos dois anos interiores, mas ela só vale até 2015. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), 48,2 milhões de pessoas têm o rendimento atrelado ao salário mínimo. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) afirma que o aumento do mínimo beneficia 58,2% dos trabalhadores da região Nordeste e 44,2% dos trabalhadores da região Norte. Apesar do ganho real, ao longo dos 20 anos, para que o brasileiro pudesse ter acesso aos itens básicos como saúde, educação e alimentação, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.915,07 em julho deste ano, segundo o Dieese. Em 1994, quando o mínimo era de R$ 64,79, o Dieese estimava que o necessário deveria ser R$ 590,33. Com a proposta para R$ 788,06, o salário vai crescer 12 vezes, já o necessário terá aumentado apenas quatro vezes (se levarmos em consideração o valor mais recente apresentado pelo Dieese). O diretor executivo da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças), Miguel de Oliveira, afirma que a inflação oficial, medida pelo IPCA, nos 20 anos do real foi de 361,78%. Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) usado na fórmula do governo para reajustar o mínimo foi de 374,37% nesse período. Nos cálculos do governo, o trabalhador brasileiro teve um ganho real de 73,35% em seus rendimentos nos últimos dez anos, graças aos reajustes do salário mínimo. A cesta básica mais cara pesquisada pelo Dieese, em julho, era a de Florianópolis (foto) que custava R$ 346,99. Com o salário mínimo previsto, será possível comprar duas cestas básicas e sobram R$ 94,08. R7

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