O corpo do estudante de fotografia Luis Felipe Gonçalves Siqueira Dias, de 23 anos, desaparecido havia 11 dias, foi reconhecido pela família na noite de segunda-feira (1º). O cadáver foi encontrado às margens da rodovia Mogi-Bertioga, em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, na segunda-feira da semana passada (25), no entanto, como estava sem documentos, permaneceu como indigente até ser identificado pelos parentes. A vítima levou dois tiros e estava com as mãos amarradas. Ele chegou a ligar para casa pedindo ajuda.
O pai da vítima, Fernando Siqueira Dias, chegou ao IML (Instituto Médico Legal) de Mogi no fim da noite e reconheceu o corpo do filho.
— Até então, a gente achava que ele podia estar perdido. Na esperança de ele voltar, ligar, fazer alguma coisa. Ele disse que estava na região do Brás, na área central de São Paulo. A família rastreou o número e descobriu que a ligação partiu, na verdade, de um orelhão em Poá, município da grande São Paulo, como conta o pai da vítima.
— O pessoal de Poá falou que ele estava muito alterado, muito agressivo, não sabia direito onde morava e o que estava acontecendo. Até um pessoal de lá tentou ajudar: "Eu te levo pra casa, fala onde você mora". Diz que ele não sabia onde morava. Aí ficou essa dúvida do que aconteceu aí. A família sentiu a falta do estudante na manhã de sábado (23). A mãe percebeu que ele não havia dormido em casa e foi até a delegacia na região da Sé para registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento. Ali ela ficou sabendo que o filho havia se envolvido em uma briga na sexta-feira (22), com moradores de rua, na região central da capital paulista. Dias ficou ferido e foi levado para um hospital. Mas ele recebeu alta sem que a família fosse avisada.
Luis Felipe Gonçalves Siqueira Dias estava desaparecido desde o dia 22 de agosto, quando o jovem, que trabalhava como produtor em um filme dirigido por um colega do curso de cinema da FAAP, foi gravar em Paranapiacaba, município de Santo André, no ABC paulista.
FONTE:R7