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Patafufo ajuda a realizar grande evento em universidade paulista - 02/10/2014

O gerente de contas da Futura Networks e estudante pará-minense de Economia e Relações Internacionais na UFABC - Universidade Federal do A.B.C., Bernardo Silveira Mendes, 22, contou com exclusividade para a reportagem GP sobre a sua viagem a Boston, Nova Iorque e Miami/E.U.A. e sobre um grande evento que ele ajudou a realizar, recentemente, em São Paulo, fruto dessa viagem. Para se ter uma ideia da grandiosidade do evento que ele participou - o TEDx - em suas edições já passaram palestrantes como Bill Clinton, Bill Gates, os fundadores do Google, Billy Graham e diversos ganhadores do Prêmio Nobel. O TEDx chegou ao Brasil e, pela 1ª vez, foi realizado na Universidade Federal do A.B.C.., sendo Bernardo um de seus organizadores. Em sua terra natal, Bernardo sempre foi visto atrás de um piano, junto a corais e bandas de música nos principais concertos da cidade e região chegando a participar de eventos GP e de diversos outros no circuito histórico de Minas Gerais. Mas os dedos que antes deslizavam sobre as teclas do piano hoje trabalham sobre as teclas de computadores. Bernardo conheceu o projeto TEDx, em 2010, e, desde então, não mediu mais esforços para ajudar a promovê-lo na universidade onde ele está estudando, em São Paulo. A ideia propriamente dita de realizar o TEDxUFABC surgiu no fim de 2013 e se tornou realidade no dia 19 de julho deste ano, quando ele foi realizado no campus de São Bernardo do Campo/SP. Segundo Bernardo, a ideia do projeto tinha tudo a ver com o clima vivido por essa universidade e seus estudantes. Não deixe de ler. “Desde 2010, estou morando em Santo André, o A do A.B.C.D.M. Paulista (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá), o cinturão industrial de São Paulo. Viver aqui é realmente diferente de Minas. Com o tempo, me acostumei a levar de 1H a 2H para chegar em qualquer lugar. Aliás, me acostumei com essa vida 24H. Temos tudo a qualquer hora do dia e depois que você se acostuma com isso, é difícil lidar com o comércio das cidades do interior fechando cedo ou com os dias de semana que não há nada a fazer. Em São Paulo, sempre temos exposições, festas, eventos, simpósios, lançamentos. Todos os dias temos algo para fazer, e com o tempo você aprende a trabalhar com sua agenda para aproveitar, ao máximo possível, as oportunidades que vão aparecendo. Entretanto, sinto falta de Minas e sempre que possível (infelizmente, não tanto quanto gostaria), volto e passo um tempinho com a minha família e amigos. Minas é um Estado ímpar que irradia cultura e a sua gente é incrível: simpáticos, calmos e amigos. Em São Paulo, todos acabamos ficando estressados e sem tempo. Confesso que ainda não me acostumei com essa parte e, às vezes, preciso voltar a Pará de Minas só para ficar à toa e não ter nada pra fazer... Essa cidade me faz bem à alma”, confessa Bernardo. FALE DO EVENTO - “A Universidade Federal do ABC, por ser conhecida como a Universidade do Século XXI, sentiu a necessidade de criar um evento com um caráter inspirador e capaz de causar um grande impacto na sociedade. O evento é organizado por membros da comunidade acadêmica e o tema do TEDxUFABC foi Interdisciplinaridade: Um Caminho Para a Inovação. Nosso público foi composto por estudantes, professores, empreendedores e membros da comunidade em geral. Nossos speakers também foram selecionados para poder causar grande impacto com suas ideias e experiências. Começamos a organizar o TEDxUFABC em novembro do ano passado. 2 alunos da UFABC, Gabriel Magenta e Wesley Oliveira, conseguiram a licença diretamente do TED para que pudéssemos promover o evento. Fui, então, convidado para liderar a Equipe de Comunicação, construindo nosso website e criando um planejamento para que fosse feita uma divulgação eficaz do evento nas diversas mídias que gostaríamos de atingir. Em fevereiro deste ano, também assumi o papel de coach do evento, acompanhando nossos talkers no desenvolvimento de suas palestras, otimizando o impacto delas e adaptando ao formato TED. É um trabalho que engloba toda uma preparação diferenciada, já que o formato do TED vai na contramão do que geralmente os coachs ensinam. O grande destaque foi a produção do evento, sem sombra de dúvidas. Foi o maior evento inteiramente organizado por alunos realizado na UFABC, mas enfrentamos inúmeras dificuldades no meio do caminho. Enfim, foi um trabalho que exigiu algumas noites em claro nas últimas semanas que antecederam o evento. Por ter sido o 1º TEDxUFABC, cometemos algumas falhas, mas considerando todo o projeto e seu tamanho, fomos muito bem sucedidos. Estamos, nesse momento, terminando a edição dos vídeos e também completando os relatórios para que nossa licença seja renovada e possamos fazer outro TEDxUFABC, no próximo ano”. E OS STATES? – “Não senti muita diferença entre as cidades americanas onde estive e São Paulo. Ambas carregam uma busca por uma juventude perene. Boston, Nova Iorque e São Paulo são cidades que, seguindo o raciocínio de Levi-Strauss, para serem admiradas precisam ser apreendidas em seus próprios termos, pois fogem da influência europeia. São de uma beleza desconcertante, mas, ao mesmo tempo, feias, cinzas, fragmentadas, ambíguas, transitórias e caóticas. Em BOSTON, participei de um simpósio na Tufts University sobre o futuro do norte da África e Oriente Médio e, durante um dia, assisti algumas aulas na Escola de Direito de Harvard. Fui integrante da delegação brasileira; portanto, lá eu estava acompanhado de alguns brasileiros, mas fiz amizade com os universitários de outras delegações do mundo (ao todo eram mais ou menos 15 países/governos representados). Já em NOVA IORQUE e MIAMI fui sozinho, apesar de ter me encontrado com alguns amigos, em ambas as cidades”. ALGUMA DIFICULDADE? – “Minha maior dificuldade, com toda certeza, foi tentar entender o metrô em N.Y.. Mesmo acostumado com os de São Paulo, achei os trens de lá lentos e as sinalizações e linhas bem confusas. Sobre as culturas, achei os integrantes das delegações orientais e africanas bem parecidos com os brasileiros. Cumprimentaram com abraços e eram bem sociáveis; os asiáticos, frios e quietos, não havia muita discussão com eles e era muito difícil vê-los interagindo em alguma atividade”.

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