25 DE AGOSTO – Nessa 2ª feira, mais uma vez, a reunião da câmara contou com poucos vereadores, pouco público e foi finalizada por volta de 20H. Mas um assunto polêmico mexeu com os poucos presentes, pegando a todos de surpresa.
SEM ÁGUA – O vereador MARCOS AURÉLIO levantou a bandeira sobre a desapropriação de um terreno onde seria captada água para a cidade. Confira o que ele disse.
“É uma briga grande, uma briga de David e Golias. No dia 19 de agosto, foi publicado no Diário Oficial que o governador de Minas Gerais, no uso de suas atribuições, declarou de Utilidade Pública a desapropriação de um terreno situado em Pará de Minas, pois ele é necessário para a ampliação do sistema de abastecimento de água da cidade pela Copasa - Companhia de Saneamento de Minas Gerias. Olha a sinuca que a prefeitura ficou agora! O terreno, onde a provável vencedora da licitação iria fazer a estação de captação de água do rio Paraopeba agora é da Copasa, pois o governo do Estado já desapropriou e já a transferiu para a empresa. Devemos saber agora qual será a saída? O edital está previsto para acontecer no dia 29 de setembro e a empresa tem, por obrigação, que captar a água no rio Paraopeba. E agora? Como vamos exigir que a empresa vencedora da licitação faça a captação do plano de saneamento, que é uma obra cara, num terreno que já não é mais do município? O fato de trazer esse decreto na tribuna é para deixar a todos atentos. Tudo o que o governo do Estado e a Copasa puderem fazer para dificultar esse processo (de falta d´água em Pará de Minas), eles irão fazer”, alarma Marcos Aurélio.
DITADURA FRIA - O vereador SILVÉRIO SEVERINO, indignado com tal situação, também fez uso da tribuna, demonstrando sua descrença com o governo de Minas. Saiba mais. “Vim confirmar para os senhores o que eu sempre disse nessa tribuna: Eu quero ser mico de circo se a Copasa sair de Pará de Minas. Desde o início das negociações, eu já dizia isso. Eu nunca vi na minha vida nenhum cidadão ganhar qualquer questão dos governos Federal ou Estadual. O governo ganha todas do povo... nós nunca ganhamos deles. Por exemplo, bata (um carro) em um poste da Cemig... No outro dia, você é obrigado a pagar outro poste. Agora, deixe que um transformador dê problema e atinja sua casa e queime todos os seus aparelhos (domésticos)... A Cemig não te repõe... Nós vivemos em uma Ditadura Fria! Nós não temos o direito de ter outra empresa para nos dar água. Tem de ser só a Copasa! Tudo está nas mãos do governo! Somos pobres cidadãos e falamos que moramos em um país democrático. Os senhores podem ter certeza de que a Copasa não irá sair de Pará de Minas”, garante Silvério.
SEM MEMBROS ATÉ HOJE – O vereador ANTÔNIO VILLAÇA fez um requerimento sobre a má iluminação em torno do velório da cidade e sobre o trânsito que vem ceifando vidas. Confira.
* “Alguns requerimentos que dou importância é a respeito da iluminação precária ao redor do velório municipal, onde existem reclamações de arrombamento e uso de drogas. Já solicitamos ao Executivo a troca da iluminação por lâmpadas de Led, pois o local merece segurança; * Outro assunto de grande importância é a respeito do trânsito. Fizemos um requerimento para o secretário de desenvolvimento urbano comparecer à câmara, mas ele não acatou nossa solicitação, alegando que não era competência de sua secretaria. Estamos passando a responsabilidade para o município sobre as vítimas fatais no trânsito para, quem sabe, entrarmos com uma ação contra o município. Já criaram o conselho de trânsito, mas não foram constituídos os membros para deliberarem eventuais mudanças no trânsito como implantação de placas, faixas de pedestres e quebra-molas. Vemos a quantidade de vítimas fatais que poderiam ser evitadas se tivéssemos um conselho ativo. Ficamos preocupados com essa situação. Iremos convocar o Ministério Público para passar a responsabilidade para o gestor público”, ameaça Villaça.