No início de setembro, com chegada demorada e tumultuada, o vencedor ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que levou 52% dos votos, fez uma breve visita ao Centro de Pará de Minas, pela rua Benedito Valadares, acompanhado do prefeito Antônio Júlio de Faria e seu, então, candidato a deputado estadual, o presidente da câmara, Marcílio de Souza. A reportagem GP acompanhou Pimentel e depois conversou com ele. Saiba mais.
“O centro-oeste é uma região importantíssima para Minas Gerais, pois apresenta um pólo industrial forte. Queremos melhorar a logística e fazer o que iremos fazer por todo o Estado: reduzir a tributação para incentivar as empresas a criar renda e emprego. O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (I.C.M.S.) de Minas é um dos mais altos do Brasil. Então, estamos expulsando empresas do Estado, perdendo empregos e renda para outros Estados em função de uma tributação inadequada. Iremos rever isso, o que irá impulsionar a economia não só do centro-oeste, mas em todo o Estado”, promete Pimentel.
E A COPASA? – “A questão de Pará de Minas é algo sério, porque a Copasa faltou com seu compromisso básico que é fornecer água de boa qualidade e fazer o tratamento de esgoto. Nesses 30 anos, ela foi incapaz de construir um reservatório que garantisse o abastecimento de água nos períodos de escassez e seca como agora. Isso mostra que ela afastou-se do seu objetivo essencial que é prestar um serviço público de boa qualidade. Iremos fazer uma revisão profunda nesse tipo de procedimento da Copasa. A prefeitura já tomou as providências e a licitação está em andamento. Pará de Minas é um bom negócio e a Copasa poderia ter feito esse investimento para continuar com o contrato. Não há dúvidas, o erro foi da Copasa e vamos corrigir esse erro”.
E O HOSPITAL? – “A situação dos hospitais e da saúde em Minas, tem um nome: omissão do governo do Estado. Novos hospitais regionais foram prometidos e nenhum foi entregue. Pará de Minas merece um apoio para o hospital local, que segura não só a demanda da cidade, mas de toda a região. Vamos criar um programa para fornecer apoio para os pequenos hospitais regionais, terminar as obras que o governo do Estado não fez nesses anos”.
E A VIOLÊNCIA? - “A violência também me preocupa muito como cidadão. Hoje, hoje as famílias mineiras vivem inseguras... A segurança em Minas Gerais deixou de existir e não é culpa das policiais, porque eles fazem o que podem. Mas a polícia civil está desestruturada, faltam ali equipamentos e efetivo e isso mostra um descaso de 12 anos de governo do P.S.D.B.”.