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FALTA D’ÁGUA GERA MAIS DESENTENDIMENTOS. - 17/10/2014

Insatisfeito com a pavorosa situação de Pará de Minas, diante dessa desumana falta d’água, o ex-prefeito Zezé Porfírio convocou a imprensa local para uma entrevista coletiva. Foi uma entrevista, mas ele usou parte de sua fala como se fosse uma carta ou e.mail enviado diretamente ao prefeito. O vídeo com o depoimento correu as mídias digitais como um busca-pé. Fique por dentro. “Quando o Antônio Júlio se viu derrotado (candidatura do presidente da câmara, Marcílio de Souza a deputado estadual) ele jogou a culpa da falta d’água em cima de mim e do deputado Inácio Franco. Então, falarei, pela última vez, sobre esse problema desumano que vem acontecendo em Pará de Minas. Eu, quando o contrato terminou em 2009, como prefeito comecei a negociar com a Copasa e a minha equipe lutou e conseguiu benefícios em troca dos 30 anos de concessão com a Copasa. Fizemos um projeto, mandamos para a câmara, com tudo pronto para a renovação. Porém, infelizmente, o prefeito Antônio Júlio pediu ao vereador Marcílio de Souza (na época presidente) para segurar o projeto e não colocá-lo em pauta para votação e foi assim que aconteceu. Ele (A.J.) não quer a Copasa, ele quer uma outra empresa na cidade. O porquê, eu não sei... A Copasa presta um bom serviço e nunca deixou faltar água, enquanto eu estava na prefeitura. Se ele tivesse renovado o contrato com a Copasa, não teria acontecido o que está acontecendo hoje: essa covardia, essa maldade, essa injustiça que acontece com essa falta d’água”, esbraveja o ex-prefeito. ACABOU TUDO - “Antônio Júlio, tire essa máscara que está estampada em seu rosto e peça desculpas para a população. Não custa nada pedir; é melhor pedir agora do que permanecer no erro. Você está escondendo tudo por trás dessa falta d’água. Na educação, por exemplo, sabemos através de funcionários da prefeitura, que faltam alimentos nas escolas... Na minha gestão, tínhamos estoque de carne suína e bovina de 1ª qualidade e hoje não tem uma fruta para servir às crianças. Na saúde, você cortou convênio com todos os laboratórios, não faz mais nada para a população. Na época da prevenção da mama, nós buscávamos as pessoas nas ruas para fazerem exame. Hoje, a prefeitura só faz exame para aquelas que já têm a doença. As festas eram um dos maiores potenciais de Pará de Minas, mas acabou tudo! O que eu fico mais indignado é que na minha frente, você diz: Realmente, você foi um grande prefeito, mas quando vai falar na imprensa, coloca a culpa em mim. Para com isso! A população não quer ser mais enganada! Pare de enganar a população com seus feitos maldosos. Chega de botar a culpa nas pessoas, olhe para frente! Até hoje, eu não vi nenhuma obra (dele) inaugurada. Em 2 anos de mandato meu, inaugurei 40 obras. Trabalhe para a população, pois o povo votou em você. Chega de picuinhas. Pará de Minas é um potencial e acontecer o que está acontecendo é uma vergonha. Lute pela nossa cidade, esqueça o meu nome. Não sou de ficar trocando farpas, mas isso cansa e o que está acontecendo eu chamo de covardia. Ponha uma viseira e olhe só pra frente, porque para trás eu já deixei tudo arrumado, projetado e planejado. Pagamos todo mundo em dia e você não conseguiu pagar o funcionário público, porque deve a todos os fornecedores de Pará de Minas... O comércio não quer vender (mais) para a prefeitura, porque você não paga. Em 155 anos de Pará de Minas, você foi eleito como o pior prefeito. Pegue a caneta e vá trabalhar! Ou junte suas coisas e vá embora, mude desta cidade! Entregue seu poder ao vice. Será que teremos de esperar o nosso grupo voltar ao mandato para acabar com o problema da água? Isso é uma maldade! Você está sendo covarde com o que está fazendo com a população”, desabafa Zezé. ACABOU NADA – Por praticar o bom jornalismo, a reportagem G.P. não poderia divulgar a entrevista do ex-prefeito, sem ouvir também o lado atacado, o prefeito Antônio Júlio que rebateu as críticas recebidas. Acompanhe. “O ex-prefeito Zezé Porfírio, de uma forma equivocada, deu uma entrevista totalmente fora da realidade, falando o que ele não tem conhecimento, nem informação. Ele falou apenas inverdades. Eu faço um desafio para ele visitar as escolas, em um dia qualquer, para ver o que anda acontecendo. Temos consciência de uma alimentação controlada e organizada nas escolas e creches. Foi uma infelicidade total ele falar daquilo que não tem (mais) conhecimento. A saúde que ele fala ser a pior deve ser a dele, porque ela (a atual) melhorou muito. Lógico que temos muitos problemas para resolver ainda como a questão do hospital. Mas no atendimento primário, a prefeitura cumpriu seu Dever de Casa, sem problema algum; o P.A. funciona muito bem. O Zezé tem de cuidar da saúde dele, para que depois ele venha falar da saúde de Pará de Minas. Eu não me escondo atrás de nada! Nem na campanha do Marcílio eu me escondi... Por respeito à população de Pará de Minas, que passa por grandes dificuldades em relação à água, decidimos cancelar as festas e foi uma atitude necessária. Temos de ter responsabilidade de assumir nosso papel. Acho que ele esqueceu que na época da gripe suína ele também cancelou todos os eventos, porque isso faz parte da administração. Eu tomei a decisão de cancelar as festas contrariado, pois eu gosto de festa, mas eu não tive outra solução que não os cancelamentos. É muito fácil ele jogar os problemas pra cima dos outros. Em em 2008, ele cancelou o contrato com a Copasa, falando que iria abrir licitação. Em 2012, a câmara rejeitou um projeto que era dele. Infelizmente, eu já venho há anos negociando com a Copasa e não teve jeito. Mas tomei as providências e iremos resolver. Para resolver esse problema em Pará de Minas é só vir chuva. O povo não quer saber de quem é a culpa. O povo quer é água e solução. Nós fizemos o que era preciso ter feito há 5 anos. Ele (Zezé) não teve a coragem de fazer e eu tomei a decisão. O Zezé, quando perdeu a eleição, mandou quase 400 funcionários embora. Hoje, a prefeitura tem o mesmo número de funcionários da época dele, não aumentamos em nada. Ele precisa desmamar da prefeitura. Ele tem de tomar consciência de que as coisas passam, como passou a minha vez (em 1986), a do Tilili, a do Silésio, etc. Ele anda muito preocupado com a prefeitura. O Zezé não deve ter dado essa entrevista sóbrio. Se ele estivesse sóbrio ele não falaria uma besteira dessas. Sou nascido e criado em Pará de Minas, vim a ser prefeito, porque eu tinha vontade de atender a Pará de Minas, mas eu não vou embora tão cedo. Temos prestígio e iremos fazer muito pela cidade e isso incomoda eles”, esnoba A.J..

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