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28/10/2024


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E quando a pessoa não volta mais para casa? - 24/10/2014

Muitos veículos de comunicação relatam casos de pessoas desaparecidas, pois o assunto desestrutura famílias que, infelizmente, não têm mais retorno de seu ente querido. Felizmente, Pará de Minas não apresenta um índice alto de pessoas desaparecidas, mas, mesmo assim, a reportagem GP conversou com o delegado da Polícia Civil, Francis Diniz Guerra, que informou como proceder nesses casos. Informe-se. “Ao analisar os casos de desaparecimentos de Pará de Minas, verificamos que existem duas principais vertentes e características dessas pessoas: 1.) Adolescentes de faixa etária não delineada podem cometer o ato por aventura ou por conviverem com pais rígidos, em uma fase de rebeldia deles, onde existe também desagregação familiar; e 2.) quando a questão é psiquiátrica com as vítimas tendendo a ter um surto ou um desequilíbrio emocional”, resume o delegado. COMO PROCEDER? – “O 1º passo é procurar a Polícia Militar ou Polícia Civil e registrar a ocorrência. Em seguida, é feito um registro de pessoa extraviada ou desaparecida e o registro fica interligado no estado de Minas Gerais. Após determinado tempo, é necessário fornecer imagens da pessoa para lançarmos no banco nacional de desaparecidos”. TEM DE ESPERAR 24H? - É dito que é considerado desaparecido só a partir de 24H do sumiço, mas isso é mentira. Não existe, legalmente falando, nenhum prazo de tempo para se considerar um desaparecimento. Quando o familiar sentir que existe uma situação anormal, deve procure a polícia. Não deve esperar nunca, porque, às vezes, a pessoa não está desaparecida, mas pode ser vítima de extorsão mediante sequestro ou cárcere privado. É importante procurar a polícia, o quanto antes. Também falamos para os familiares não tentarem investigar por conta própria, porque isso atrapalha muito o nosso trabalho. Às vezes, pode acontecer do familiar que está à procura do desaparecido acabar se tornando vítima, porque o desaparecido pode ter um histórico de uso de drogas, por exemplo. Aí, o familiar sai procurando nas Bocas de Fumo, tentando, desesperadamente, encontrar o ente e pode acabar se tornando, também, vítima de um sequestro ou roubo por algum traficante. A família sempre deve ajudar com as informações solicitadas. É importante deixar o trabalho nas mãos da polícia. Estamos aqui para isso, por maior que seja o desespero, tem de procurar a polícia, antes de tudo”. E SE ELA REAPARECER? – “Pedimos aos familiares que, do mesmo jeito, que eles registraram o fato, que eles compareçam, novamente e junto com a vítima aqui, para registrarmos que a pessoa foi localizada. Assim, o desaparecido será retirado do banco de dados. É necessário informar e dar um retorno para a polícia, pois enquanto a pessoa estiver desaparecida, o caso continua em aberto. Então, pode acontecer da polícia estar procurando uma pessoa que até já retornou. Isso acarretará um desgaste e estaremos trabalhando em um caso que já foi resolvido”.

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