Recentemente, a reportagem GP tomou conhecimento de um acidente de trânsito, quando uma funcionária da varrição de rua foi atropelada, durante o serviço. Diante disso, a reportagem GP entrou em contato com a empresa prestadora do serviço em Pará de Minas e descobriu que esse tipo de acidente, infelizmente, é até muito comum. Para falar sobre o assunto, a coordenadora de limpeza urbana da Engesp, Denise Alves Azevedo Costa, concedeu esta entrevista exclusiva. Veja.
“A empresa Engesp é detentora do contrato de limpeza urbana em Pará de Minas desde junho de 2005, prestando os serviços de coleta de lixo domiciliar e hospitalar, de varrição de ruas e de controle e operação do aterro sanitário. A coleta domiciliar em Pará de Minas gera cerca de 60 toneladas por dia. Ao todo, a Engesp possui 130 funcionários trabalhando efetivamente nas ruas, na limpeza urbana da cidade”, explica Denise.
TIPOS DE ACIDENTES - “Diante disso, os acidentes acontecem e os mais comuns são os relacionados ao descarte de forma irregular de objetos, perfuros cortantes como agulhas e cacos de vidro. O pessoal ainda não se conscientizou da forma correta de descartar esse tipo de lixo. Outros acidentes comuns são os de trânsito e a maioria deles acontece devido à imprudência dos motoristas que não respeitam a sinalização que é colocada nos locais onde o funcionário está trabalhando (cones e roupas refletivas). Quando acontece um acidente desse tipo, a empresa presta todo o suporte ao funcionário. De imediato, acionamos o Corpo de Bombeiros e eles levam o funcionário para o hospital ou para o P.A. Chegando lá, emitimos o C.A.T. - Comunicado de Acidente de Trabalho, documento que resguarda o funcionário, se for necessário ele se afastar pelo I.N.S.S. Então, acompanhamos a consulta do funcionário, a internação, se for o caso, e o tratamento, até que ele possa retornar às atividades, normalmente”.
COMO EVITAR? - “Se conseguirmos a colaboração da sociedade, estaremos protegendo o profissional que mantêm Pará de Minas cada dia mais limpa. Fazemos todo um treinamento com o funcionário que é totalmente capacitado para desempenhar seu trabalho; fornecemos todos os E.P.I.’s (equipamentos de proteção individual), roupa refletiva, botinas, luvas de malha e nitrilon, boné e conjuntos de chuva, além dos de proteção coletiva, giroflex no caminhão e cones sinalizadores. Em relação ao trabalho executado pelas garis (varredeiras de ruas), elas são treinadas para realizar a tarefa com muita atenção, devido às normas de trânsito. São orientadas a andar em fila indiana e a sinalizar a área onde estão trabalhando. Mesmo assim, existem motoristas e motoqueiros imprudentes que não respeitam o trabalho das funcionárias, muitas vezes chegando a atropelar os cones, carrinhos e até mesmo as funcionárias. Ou seja, a gente prepara para que não ocorra os acidentes, mas, às vezes, é inevitável, porque não depende só da empresa ou do funcionário, depende também da consciência do cidadão que deve respeitar a sinalização e fazer o descarte correto do lixo. Educação e conscientização da sociedade quanto à separação do lixo é tão importante quanto o duso dos E.P.I.’s”.
4 DICAS – “Analisando o trabalho da empresa em Pará de Minas, observamos que se faz necessário a consciência dos moradores em relação à separação e embalagem correta dos lixos domiciliares e hospitalares. Algumas dicas: 1.) Deve-se embalar todo o material cortante. Ter cuidado com a embalagem dos vidros evita acidentes com os coletores. Portanto, esses objetos devem ser bem enrolados em um jornal; 2.) As agulhas devem ser acondicionadas em embalagens especiais ou até mesmo em garrafas pet; 3.) As tampas das latas devem ser embutidas para o seu interior, evitando o contato do coletor com a parte cortante; 4.) E não exagere no peso do material colocado nos sacos plásticos, pois isso dificulta o trabalho do coletor, além de prejudicar a saúde dele”.