Inaugurada na noite de 6 de novembro, 5ª feira, uma bela exposição no museu histórico, apresentando a trajetória dos 30 anos do colunista G.P., Ângelo Caffaro. A exposição foi dividida em várias salas, mostrando as muitas facetas da trajetória deste colunista, através de fotos e artigos publicados na GAZETA. Como não poderia deixar de ser, a reportagem G.P. conversou com Angelo Caffaro. Veja o que ele disse sobre os seus 30 anos de notícias borbulhantes. Confira.
“É uma longa estrada... No inicio, foi uma brincadeira, mas hoje, olhando para trás, posso ver tudo que eu executei. Desde rapazinho, gostava de ler coluna social, acompanhava as colunas de Minas, Rio e São Paulo; conhecia todos os colunáveis, sabia de tudo. Depois, veio o convite do Bié Barbosa. Aí, eu fiquei pensando: eu, pobre, morando mal, não tinha dinheiro pra nada e falar de coluna social? Mas como é coisa chick, pensei: Vou nessa! Aí com o empurrão do Bié, insistência, perseverança e apoio da sociedade, aqui estou até hoje. Sei que perdi várias outras coisas na minha vida por causa desse trabalho, mas ganhei muitas outras... comecei a fazer o Baile dos Bbrotos, quando eu convidava profissionais de fora para fazer a decoração, mas era pouco para o que eu queria. Foi quando eu mesmo comecei a decorar e, hoje, posso dizer que sou um peão da decoração. Muitas coisas vieram, por causa do balé, uma vez que fui bailarino durante 24 anos. Isso agregou na minha inspiração clássica. Mas tudo na minha vida veio aos poucos... as coisas foram acontecendo. Eu era um rapaz sem saber das coisas direito, mas tudo que fazia eu fazia com muita responsabilidade e determinação. Hoje, as pessoas falam que estou rico por fazer festas, mas não estou e a lógica é simples: se eu parar de trabalhar eu não ganho. Então, sou como todos, que têm de trabalhar para ganhar”, revela Angelo.
CAIXA DO TEMPO – “Foi um convite do secretário de cultura, Lu Pereira. Fiquei pensando: 30 anos não são 3 dias; é como uma caixa do tempo: muitas pessoas passaram pela coluna e algumas partiram. Para montar a exposição, tive ajuda da Ana Campos (diretora do museu), do Wilsinho Júnior e de amigos que enviaram os textos solicitados. Para quem for ao museu, verá o começo de uma sociedade borbulhante em Pará de Minas. Por isso, hoje os pará-minenses recebem com requinte e, atrás disso, há uma série de prestadores de trabalhos como faxineira, Corpo de Bombeiros, buffet, etc., enfim, um extenso uso de outras mãos de obra. Está sendo uma exposição bacana. Além das fotos, tem placas de homenagens, momentos que eu vivi, vestidos de noiva, miss, damas da sociedade. Para mim, é o máximo esses 30 anos borbulhantes! Mas, pelo amor de Deus, em momento algum, estou jogando confete sobre mim mesmo. Só aceitei fazer isso para marcar uma fase de Pará de Minas, porque existe uma Pará de Minas antes e outra depois, da minha coluna social”.
O ANGELO POR ELE MESMO “Sou um guerreiro, batalhador, que acorda cedo e trabalha. Eu tento ser um anjo (riso) como meu nome. Quem me conhece sabe do meu jeito de ser. Mas o Angelo agora está se preparando para outra etapa, porque, depois dos meus 56 anos, cheguei à conclusão que não estou ficando velho, pois velho é quem não produz”.