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Os 3 poderosos juntos - Fim das picuinhas? - 20/11/2014

Na manhã do dia 17, 2ª feira, o vereador Rodrigo Varella, que tanto fala sobre a picuinha existente entre os 3 principais políticos da cidade, convocou a imprensa para uma reunião no plenarinho da câmara, contando com a presença do prefeito Antônio Júlio, do deputado federal Eduardo Barbosa e do, estadual Inácio Franco, além do secretário de saúde, Cléber Faria, do vice-prefeito Geraldinho Cuíca e os vereadores com exceção de Silésio Mendonça e Silvério Severino. A reunião durou cerca de 3 horas, quando os assuntos debatidos foram: Copasa, hospital e penitenciária. A reunião teve alguns momentos calorosos. Após, a reportagem G.P. conversou com os 3 principais participantes. Confira. EDUARDO BARBOSA * “Temos um problema se arrastando, há décadas, em relação ao HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. Percebemos que faltam atitudes e pessoas para doar tempo integral e isso é quase impossível dentro de uma instituição que funciona 24 horas de 2ª a 2ª feira. Precisamos de uma gestão competente e eu defendo uma intervenção, há tempos. Temos de lembrar que a construção do hospital não foi com dinheiro privado e sim, dinheiro público. O comitê que foi criado pode realmente criar uma maturidade para que a irmandade assuma, de fato; ou pensar em outra alternativa que seria a municipalização, pois quando se há muitos donos, não temos nenhum. O hospital não pode ficar à mercê de um grupo de pessoas que não tomam decisões. * SEGURANÇA PÚBLICA é um dos grandes problemas nacionais e o Brasil já perdeu a guerra em relação ao tráfico, porque não tivemos políticas públicas eficientes para contrapor o tráfico de drogas e de armas que vêm pelas fronteiras brasileiras, principalmente com o Paraguai, onde as armas são vendidas livremente. Começou um projeto de monitoramento das fronteiras e estamos trabalhando no Congresso para que se possa ter um orçamento da União para que esse projeto siga em frente. Achamos que o problema das drogas será resolvido aqui, mas temos contrapontos. Somos ingênuos ao achar que aumentando o vigor das leis ou enchendo os presídios é que iremos resolver a questão da criminalidade”. INÁCIO FRANCO * “O principal assunto da reunião foi a FALTA D’ÁGUA, quando cada um teve sua opinião. O prefeito quer privatizar o sistema e isso é o contrário do meu pensamento, mas temos de respeitá-lo. A grande preocupação é 2015 sobre essa falta d’água que poderemos ter. Mas vamos aguardar e esperar que o processo de licitação corra de maneira correta. Pará de Minas quer água! Que seja a Copasa ou de uma empresa privatizada, mas queremos água! * A PENITENCIÁRIA é outro grande problema, porque hoje temos uma superlotação, mais de 840 detentos. Aquilo ali é uma bomba prestes a explodir. Tenho que parabenizar a diretora Sara Simões por ela conseguir administrar aquilo. Imagino que se existem mais presos aqui é porquê não temos vagas em outros locais, mas tem de ser resolvido isso. Alguns deputados estiveram na Pio Canedo para averiguar a situação e ver o que pode ser resolvido. Temos alguns pontos que afligem a nossa comunidade e temos de chegar a um consenso, porém cabe ao prefeito a decisão. Debatemos se seria o momento oportuno de recuar ou não e acredito que surgiu um bom senso e agora iremos apoiar essa decisão até o fim. Apostamos nessa conclusão e que o resultado aconteça”. ANTÔNIO JÚLIO * “Alguns vereadores ficam falando sobre a COPASA, mas nós já tomamos a decisão e nosso processo está quase finalizado; aguardamos uma decisão judicial para abrirmos o processo. A Copasa é assunto encerrado; ela abusou da paciência da população de Pará de Minas. Terei apoio de alguns e de outros não, mas não iremos recuar. Não foi um projeto fácil de lidar, mas felizmente tivemos um bom projeto, mas se não tivermos chuvas iremos passar por muitas dificuldades. Não será um contrato novo que resolverá o problema. * Eu viajei o Estado todo discutindo esse assunto, não tenho nada contra a PENITENCIÁRIA. O que não podemos aceitar é uma penitenciária para 400 presos ter 850 detentos. Isso temos de discutir e não ter medo de encarar esse problema. Não vejo problema algum na construção de uma penitenciaria feminina. Pelo que sei, a nossa penitenciária não trouxe nenhum problema para a cidade. * Sobre o HOSPITAL, o grande problema é não ter um responsável. Isso é o que nos preocupa. Tomamos as devidas providências, tenho grande expectativa que o que tem sido feito irá salvar o hospital e até no ano que vem nos dará alegrias. Acho que não está no momento da prefeitura assumir o hospital, porque há a situação financeira com 90 mil habitantes. Temos de pensar muito... não sei se teríamos condições de bancar um déficit do hospital. Temos de ver as novas mudanças do Sus e o financiamento da saúde, a partir do pré-sal. Vamos aguardar para achar uma saída”.

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