A equipe Amendoim Team é formada por um grupo de aproximadamente 22 amigos, ciclistas de montanha, competidores e cicloturistas, todos amantes desse esporte que tem como ponto forte o companheirismo. Recentemente, parte da equipe fez uma emocionante travessia da Serra do Cipó/MG a Lapinha da Serra/MG. Procurado, o consultor de projetos, Bruno Praxedes, 31, relatou para a reportagem GP como foi essa aventura. Saiba mais.
“Normalmente, nos encontramos para pedalar aos sábados e domingos, mas estamos praticando pedal noturno também, durante a semana. O nome do grupo se deu pelo fato de, sempre que estávamos subindo algum morro, os que ficavam para trás nos falávamos que não estavam comendo amendoim o suficiente para praticar esse esporte. Assim, surgiu o Amendoim Team”, explica Bruno.
4 AMIGOS E O GPS “Tive conhecimento desse passeio (Serra/Lapinha) pela internet. Aí, entrei em contato com esse pessoal que mora perto da Serra do Cipó, quando consegui todos os dados, através do GPS. Aí, lancei algumas datas para ver quem do grupo poderia ir e consegui juntar mais 3 pessoas: o personal trainer Nagib Mansur Júnior, 43, o advogado Otávio Nilton, 31, e o analista de sistema, Luiz Gustavo Faria, 27. Fui o guia, sem conhecer o caminho, só através do GPS”.
TRILHA PERDIDA – “Saímos às 8H da estátua do Juquinha, na Serra do Cipó, e chegamos ao vilarejo da Lapinha da Serra, às 17H. Esse caminho não havia sido feito por ninguém ainda e fomos sem guia. Tivemos um tempo de estudo do caminho, via imagens de satélite e o traçado no GPS. O fator psicológico foi muito forte e presente, pois, além de não conhecermos o caminho, não tínhamos apoio durante todo o percurso que foi muito complexo. Os 10 1ºs quilômetros foram muito preocupantes, pois não encontrávamos a trilha e o serrado estava todo queimado. Então, tivemos de pedalar numa velocidade bem abaixo da planejada. Na 1ª (das 5) travessias de riachos, tivemos uma grande dificuldade, pois não havia lugares de fácil acesso. Tivemos que fazer um cordão humano para atravessar as bicicletas na água e subir o barranco do outro lado. Agora, além da dificuldade psicológica, já apareceu a física. Foram 45 minutos para achar o lugar certo para atravessar, até, efetivamente, chegarmos do outro lado”.
PEGADAS DE ONÇA – “Passados esses 10 1ºs quilômetros, a trilha se alargou, mas, mesmo assim, tínhamos como dificultador o vento forte nos empurrando para trás e os bancos de areia que freavam as bicicletas, constantemente. O visual nessa parte da trilha é impressionante. Com 30KM já pedalados, por volta das 13H, fizemos uma parada de 20MIN num Cruzeiro que fica no caminho de quem faz a travessia Tabuleiro/MG a Lapinha da Serra. Logo após, encontramos várias pegadas frescas de onça, quando vimos que a nossa bela natureza não está sozinha. Passamos por trás do Pico do Breu, o mais alto da região e seguimos por mais 20KM circulando aquele mar de montanhas. Quando fomos atravessar a serra, uma subida extremamente difícil, técnica e longa, nos fez empurrar as bicicletas pela 1ª vez. Depois, chegamos na entrada da cachoeira Bicame, quando vimos que estávamos perto, finalmente chegando. Ao chegar no vilarejo, foi muito gratificante, pois estávamos os 4 exaustos e com muita fome. Aí, tomamos um banho frio, seguido de cerveja gelada e um prato de almoço quente!!! Assim, os nossos corações e mentes agradeceram-nos por termos levados-os para passear”...