CAMINHO DAS PEDRAS?
“Quem passa em frente à Apae, no São Francisco, percebe que o local está sendo reformado. Se olhar com mais atenção, perceberá que muito pouco do que está sendo feito ou reformado pode ser considerado como melhoria de acessibilidade. Ao entrar na entidade, você verá que o piso de onde agora funciona a administração foi substituído por piso de madeira - mais caro, mais bonito, mais suntuoso... Mas isso até que não é problema. O que mais me surpreende é como essa entidade, que ao final do ano passado enfrentava sérias dificuldades para continuar aberta, conseguiu, em tão pouco tempo, virar o jogo e pode, agora, se dar ao luxo de fazer reformas não essenciais. Parece que a nova administração, capitaneada pelo Sérgio Sampaio, assessor parlamentar do deputado federal Eduardo Barbosa, encontrou o Caminho das Pedras” (...).
NOTA DA REDAÇÃO – Contatada, veja a resposta da diretoria da Apae.
“Informamos que as instalações da Apae se encontravam deterioradas, com rebocos caídos, pisos soltos, telhados com goteiras, chovendo dentro da Apae, paredes com pinturas desgastadas e sujas e uma piscina inutilizada com perigo de se transformar em local de transmissão de doenças. Foi necessária a readequação para o bom atendimento das necessidades das pessoas com deficiência intelectual e suas famílias. Cabe salientar que na definição de acessibilidade está incluído um ambiente de trabalho adequado com boa estrutura que contribua para o desenvolvimento intelectual das pessoas com deficiência intelectual e múltipla e, por isso, se fez necessária a adequação na infraestrutura das salas de aula da escola; no Centro Dia, programa inserido na gerência da Assistência Social, para o atendimento de jovens e adultos fora da idade escolar e pessoas com deficiência em processo de envelhecimento; bem como nas áreas externas para atividades complementares na área de esporte, lazer e artes. Além disso, as adequações na infraestrutura ocorreram para atender exigências das várias áreas das políticas públicas como a Vigilância Sanitária, na área da saúde; a Inspetoria Escolar, na área da Educação; e no Serviço Social, as exigências do Sistema Único de Assistência Social. A nova diretoria, tendo que cumprir todas as exigências desses órgãos públicos e as necessidades do bom atendimento à pessoa com deficiência e suas famílias, foi buscar recursos e conseguiu, através de 2 projetos: um foi enviado ao Fórum de Pará de Minas e o outro, ao FIA - Fundo da Infância e Adolescência. Contou também com as parcerias da prefeitura, além de doações de diretores da Apae. A nossa luta é para que as pessoas com deficiência intelectual tenham um lugar digno para serem atendidas. E gostaríamos de informar ainda que a Apae está com as portas abertas para visitas da população”.