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DE OLHO NA CÂMARA - 21/11/2014

13 DE OUTUBRO – O clima que estava quente nessa 2ª feira acabou fazendo a reunião pegar fogo! O encontro foi marcado por discussões entre os vereadores e respostas do público presente que também se exaltou. O vereador SILVÉRIO SEVERINO parabenizou a candidatura a deputado estadual do vereador MARCÍLIO DE SOUZA e disse que parte dos votos que ele perdeu foram em razão da coligação que ele fez com o prefeito ANTÔNIO JÚLIO DE FARIA. Silvério também fez uma crítica ao candidato a deputado federal, VILSON DO PADRE LIBÉRIO que disse não ter recebido apoio de nenhum vereador. Porém o assunto mais quente da noite foi quando Silvério sentiu-se incomodado com uma das falas do vereador FLÁVIO MEDINA que disse que Pará de Minas iria morrer com essa problemática da falta d’água. Confira algumas falas dessa acalorada reunião. O POVO VAI MORRER? – “Na semana passada, eu não pude comparecer à reunião, devido à enfermidade que eu venho enfrentando, mas sem desistir do meu compromisso. Veja o que os nossos vereadores estão dizendo! Que a câmara não está fazendo nada em relação ao problema da falta d’água! Outra coisa que o vereador FLÁVIO MEDINA disse é que o povo vai morrer! Isso é uma loucura! A situação não está boa, mas também não é por aí. Ainda não chegamos ao caos. Quero dizer ao senhores vereadores a verdade: o que podemos fazer, se quem manda é Deus? A Copasa está furando poços artesianos em todos os lugares de Pará de Minas. Ai de nós se não fosse a Copasa. Não existe uma empresa preparada para furar poços como ela está fazendo. O vereador tem de saber o que fala para a população! Não podemos dizer que iremos morrer e que estamos vivendo uma catástrofe em Pará de Minas. Não pode sair na imprensa dizendo que o povo vai morrer! Já falei muita abobrinha, mas jamais falei uma coisa dessa com o povo”, aconselha Silvério. PUXA-SACO – “Não estou aqui em defesa do Antônio Júlio, mas o contrato (assinado) da Copasa foi uma picaretagem. O prefeito da época (José Porfírio) foi embora e deixou o vice (Sílvio Francelino) para assinar o contrato. O que o atual prefeito está fazendo hoje, vocês verão no futuro, estejam certos disso. Eu já citei aqui na câmara: a Copasa é uma empresa estatal; o Pimentel veio aqui e o que ele disse é tudo lorota. O Estado está endividado; então, aquilo foi lorota de governador para tomar posse. A força da Copasa é em cima de Pará de Minas. Tiro o chapéu para o prefeito que demonstrou negociação, antes de tomar posse com a Copasa. Ele está preocupado sim. Antônio Júlio peita a Copasa. Se alguém acha que ele está roubando, que o denuncie na procuradoria; provem que ele está ganhando dinheiro! O sujeito que provar uma coisa dessas irá ajudar muito Pará de Minas. O prefeito me disse que talvez não tenha forças para daqui 10 ou 15 anos receber os agradecimentos pelo o que ele está fazendo (agora). Não sou puxa-saco, só sei que ele é um homem de inteligência. Quem passou essa bola para nós foi Zezé Porfírio e o Inácio (Franco)! Antônio Júlio tomou posse em 2012 e isso vem desde 2008. Não estou entrando em briga de ninguém, mas faltando 40 dias para o Zezé largar a prefeitura ele já queria largar seu posto. Ele me disse pessoalmente que não estava agüentando ficar até o fim do mandato. O prefeito (Antônio Júlio de Faria) falou comigo hoje em seu gabinete, que as coisas estão andando ruins, estamos precisando de chuva e que ele pediu ao (deputado) Inácio Franco mais caminhões pipas”. SILVÉRIO E GORDURAS – Como era esperado, o vereador Flávio Medina retrucou as palavras de Silvério Severino. Veja. “Você mora em um povoado (Gorduras) onde têm poços artesianos. Você não sabe das condições de buscar água nos chafarizes de Pará de Minas. É uma situação vergonhosa! Você, Silvério, não viu uma senhora de 65 anos ter seu chinelo arrebentado e quase ter caído e batido a cabeça no meio fio. As pessoas estão ficando estressadas por não ter água em casa. Você não tem ideia do que é comprar uma bomba, do que é buscar água... Eu sinto na pele o que a população está sentindo. E eu não posso fazer mais, porque não é minha obrigação”. EM DEFESA DO TIO – Já o vereador MARCOS VINÍCIUS falou sobre a briga entre o prefeito Antônio Júlio da Faria e o ex-Zezé Porfírio (matéria veiculada na edição 1.428 desta GAZETA). Confira. “Quero falar em relação às entrevistas dadas. Tivemos uma entrevista do deputado Inácio Franco apaziguando a situação e espero que isso seja verdade, mas, ao mesmo tempo, são 2 aliados (Zezé e Inácio) que vêm jogar a população contra a prefeitura. Acho que é uma jogada política, mas espero que não seja. Quero fazer colocações sobre a entrevista dada pelo Zezé que parecem ser inverdades. Sobre a falta da merenda escolar, eu mostro o cardápio das creches, onde servem no café da manhã rosquinha de coco com leite achocolatado; no almoço, polenta (angu com carne moída), arroz, feijão e salada; e na hora que o aluno está indo embora, engrossado de fubá com carne moída e couve. Cardápio da pré-escola: sopa de macarrão com legumes e carne, mais goiaba e o nosso ex-prefeito disse que não existe fruta nas escolas. Cardápio no ensino fundamental: pão com molho, carne moída, suco e uma laranja. Os pais que têm alunos em casa podem perguntar se não foi isso. Se não for, podem me cobrar. Outro caso foi a saúde, quando o Zezé perdeu a eleição, ele cortou a subvenção do hospitale a mortalidade infantil aumentou. Não coloque mais problemas na cabeça da população, Zezé. O que o povo precisa é da água do contrato que venceu, lá em 2009”.

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