COMUNISMO BRASILEIRO
Pobres diabos aqueles que propagam “verdades” sem suar uma gota para pesquisar, sem ler uma linha de História, sem colocar em serviço a parte do cérebro responsável pelo bom senso (se é que existe uma). Com a internet, a velocidade da disseminação de besteiras atingiu níveis fenomenais. A absoluta falta de cuidado das pessoas auxilia a difusão velocíssima de qualquer imbecilidade, desde que seja chocante e mexa com paixões. Após as eleições, considerável grupo de palermas anda divulgando teorias que não sobrevivem a uns poucos minutos de análise e pesquisa. Caem após um leve raciocínio ou uma rápida consulta ao maior guru da vida moderna – o Google. Que todos podem ser suas opiniões, desejos, ideologias, é óbvio. A democracia o permite e exige. Porém, liberdade de expressão não deve ser confundida com reprodução de mentiras. Dizer que o governo do P.T. é comunista consiste numa bobagem descabida, não fundamentada, sem qualquer relevância conceitual e nenhum elemento que sustente tal afirmação. Tanto é assim que o próprio P.S.D.B., maior partido da oposição, oficialmente não assume tal posição. Um ou outro maluco filiado pode ser reprodutor de tal tolice, mas os homens qualificados da legenda e, claro, o partido como instituição, não topam essa parada. O Brasil é governado sob um regime aberto, capitalista. Para ser considerado comunista, o país deve ter os meios de produção nas mãos do Estado. Um governo comunista controla e imprensa, e não apanha dela. Por aqui, a iniciativa privada é livre, ampla, dominante da economia. Se o governo petista sofre um desgaste pelos 12 anos de poder, devendo buscar uma reinvenção e inovar, não é através da imputação de mentiras que eles serão vencidos. Uma nova proposta deve se impor pela inteligência, não por mentiras deslavadas e tão simples de se descaracterizar. (BRUNO QUIRINO, DIVINÓPOLIS/M.G).
MEU JARDIM, MINHAS LEMBRANÇAS…
Um dia, quis plantar um jardim. Procurei me informar bem de como cuidar de flores. Teria que doar-me totalmente a elas. Era preciso ser vigilante, perspicaz, serena, prudente, zelosa e, acima de tudo, tratá-las com muito amor. Nunca deixá-las sozinhas. As flores precisam de cuidados permanentes e especiais. Como é encantador sentir uma sementinha começando a germinar! Quantos pensamentos nos vêem. Como será minha florzinha? Terei de cuidar bem dela! Ela deve se sentir muito querida! E em meu jardim muitas florzinhas vingaram…Cada uma que nascia era única e diferente. Mas todas lindas! E para cada uma eram necessários mais cuidados, mais carinho, mais amor. Porém, a jardineira não estava tão preparada como deveria estar. Na época das podas, às vezes podava demais; outras vezes, deixava algo sem podar. Mas, mesmo assim, as florzinhas cresciam lindas e viçosas. As sementes eram boas e a terra, fértil. Meu jardim cresceu, floriu e me fez muito feliz! Minhas flores são tão lindas e perfumosas que uma delas já foi colhida para enfeitar o céu! Hoje, meu único desejo é que todas as minhas flores e também seus novos ramos sejam, a seu tempo, levadas por Deus para formarem no céu aquele lindo jardim que eu já vislumbrei, em sonhos, onde, juntos, seremos eternamente felizes! Que Deus nos ajude! (LULA AGUIAR, P.M/M.G.).
ELEIÇÕES: QUEM GANHOU E QUEM PERDEU?
O jogo da democracia é isto: ganhos e perdas, alegria de uns, desconsolo de outros. Na verdade, nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma no futuro. É a eclosão das esperanças que tomaram conta dos brasileiros naquele memorável 26 de outubro. A sorte foi lançada. Para os brasileiros foi o momento em que todos se igualaram com a decisão do seu voto. Aqui em Pará de Minas, como em todo o Brasil, no momento do voto, diante da mesa eleitoral, altar da democracia se curvaram para confirmar presença na mesa da democracia e, em seguida, partiram para a urna eleitoral, confessionário, a urna eletrônica, diante de sua majestade não uma reverência, mas uma altivez singular, o voto. Estranho é que no salão da democracia há um paradoxo: um monte de cadeiras vazias aos olhos do eleitor exausto na fila de espera. O Tribunal Eleitoral, quando do cadastramento digital, oferecia aos eleitores uma cadeira para o procedimento do registro datiloscópico. Porém, para o registro do voto o mesário (o dono da mesa) sentado, e o agente (o eleitor) de pé, continuando a imagem da fila indiana! Essa postura provavelmente explica a demora que retardou o registro do voto. Além dessa ocorrência generalizada, na Escola Estaudal Fernando Otávio, um princípio de conflito entre idoso e não idoso pela preferência de votar foi quebrada. O idoso não quer se impor, quer ser acolhido, mesmo porque, ao se rebelar, como é parte mais fraca, leva a pior. Dura lex, sed lex. Quem não gosta de idoso também não chegará lá... (DUMAS COUTINHO, P.M/M.G).
DÁ NADA NÃO!
Qual a grande característica dos altos índices de violência, não só no Brasil, como em nossa cidade? Impunidade aos menores infratores! Vítimas e mais vítimas são feitas, graças a esses deliquentes profissionais do crime. Até que ponto esses menores devem ter um tratamento diferenciado em relação aos demais criminosos? Segundo a lei, os menores, quando cometem um crime, não podem ser presos ou processados. O máximo que ganham são penas de medidas sócio-educativas. É revoltante conviver com adolescentes com armas de fogo, cometendo os mais diversos crimes como latrocínio e homicídio. E se achando demais, donos do pedaço. Usam até uma famosa frase entre eles: Dá nada não! Encaram a sociedade de peito aberto, apontam o dedo na cara de pessoas de bem, fazem chacotas das autoridades, aparecem na tela da tv. e avisam que, em breve, estarão no crime novamente. O pior é que jovens de 14 anos chegam a ser líderes de quadrilhas e considerados traficantes. É dessa minoridade que faz surgir a impunidade, no momento em que o policial tem de liberar o meliante, por leis mal acabadas fazem o cidadão ficar encarcerado dentro da própria casa, refém do medo. Esses adolescentes atuais agem e pensam como adultos. Mas e as leis? Trabalham dessa forma? Gostaria de entender o que esses jovens vão ou estão obtendo nessa criminalidade banal. São várias palavras que me surgem: morte, sangue, status, vida fácil e a maldita ostentação! Ostentação que, para um jovem de boa família de classe baixa, é ter bons cadernos e livros para chegar lá na frente; é fazer melhor do que um desses moleques que pensa que a Vida é “loka”. No meu pessimismo, sei que as leis não irão mudar; as atitudes vão continuar; esse meu texto não fará diferença... É como eles dizem mesmo: Dá nada não. (RAFAEL VIDAL, P.M/M.G).