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SAUDADE NÃO TEM IDADE. - 12/12/2014

Na edição G.P. 1.424, veiculada em 19 de outubro de 2012, foi mostrada uma entrevista que a reportagem G.P. fez com Fernanda Franco Mariotto que acabava de retornar de um intercâmbio na Austrália. Com apenas 19 anos, ela mostrou como já era madura e dinâmica. Confira os melhores momentos. * “Sempre sonhei em fazer medicina, profissão maravilhosa, mas o profissional tem que ter o dom. Fiz vestibular para medicina e não passei. Antes, já tinha resolvido que se eu não passasse, não tentaria novamente, pois não sabia se era isso exatamente o que eu queria. Então, resolvi viajar para ter a oportunidade de estar sozinha para pensar o que realmente eu queria para a minha vida, além de ter algo a mais no meu currículo para o futuro. Nesse tempo em que eu estive sozinha, tive muito tempo para pensar e agora vou prestar vestibular para Administração. Resolvi ajudar aos meus pais na empresa deles (Sibele Alimentos). Eles ficaram muito surpresos, quando eu contei sobre a minha mudança, porque mudar de medicina para administração é extremamente radical. Mas eles adoraram a ideia e está dando tudo muito certo”. * “Na Austrália, eu estudei inglês, na Greenwich, mas melhor que aperfeiçoar o inglês são os conhecimentos e a experiência de vida que a gente tem. Você aprende a respeitar as pessoas, independentemente de qualquer coisa”... * “Na cidade que eu morei, Sidney, tem uma população grande, mas não existem problemas como no Brasil. Roubo lá é zero. Perdi minha câmera fotográfica, em uma boate e eles me devolveram com a capinha, com o dinheiro que estava dentro e até com o meu passaporte, intacto. Se fosse no Brasil, provavelmente não a encontraria novamente”... * “Outra coisa que achei bem interessante foi o topless que no Brasil é extremamente proibido, coisa de gente vulgar. Na Austrália, as mulheres fazem topless nas praias, mas não são vistas como mulheres vulgares; são super respeitadas”. * Lá, a maioria das boates não cobram ingressos e em qualquer lugar que você vai a água é sempre de graça. Não existe isso de pagar água como aqui. Em bancos e agências de Correios nunca existem filas. E também não existe trânsito congestionado”. * “Foi uma experiência maravilhosa, mas o brasileiro tem um calor, uma afinidade com os outros impressionante. As pessoas lá são bem frias, não são de ajudar umas às outras; também não são de questionar a vida do outro. É cada um na sua”. * “No 1° mês na Austrália, eu não trabalhei, mas depois fui vendo que o custo de vida lá é alto. 1KG de tomates custa 40 reais. Como eu não queria que meus pais tivessem de me mandar dinheiro sempre, corri atrás de um emprego. Trabalhei como faxineira e como garçonete. Foi uma experiência fantástica, porque aqui no Brasil eu nunca iria trabalhar como faxineira ou garçonete. Lá, independentemente do emprego que você tem, as pessoas respeitam você. Pode ser faxineira ou médico”. * “Na minha última semana lá, minha patroa, que nunca tinha feito comemoração ou coisa parecida para ninguém, mandou fazer um bolo para eles se despedirem de mim. Aí, o restaurante todo, inclusive os clientes, pararam e cantaram pra mim uma música em português: “A Fernanda é boa companheira”. Depois, me aplaudiram. Pode parecer pouca coisa, mas para mim, que estava ali sozinha, trabalhando e me esforçando, foi algo que me emocionou, pois vi que o que eu plantei foi colhido, de forma positiva”.

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