O Cemitério Municipal Santo Antônio vive seus dias de superlotação, há tempos, e até hoje nada foi feito para que, em uma nova área, seja construído um novo cemitério. O vereador Antônio Villaça entrou com um pedido de discussão sobre esse novo local, porém o pedido foi negado por grande parte dos vereadores. Villaça alega que os moradores dos bairros São José e Nossa Senhora de Fátima não concordam com um novo cemitério nas mediações de seus bairros. Isso, fez gerar um Abaixo assinado com mais de 500 assinaturas nos referidos bairros. Para esclarecer melhor sobre o assunto, a reportagem G.P., esteve com o polêmico vereador que falou sobre a possibilidade de um novo espaço para essa construção. Confira.
“A população do bairro Nossa Senhora de Fátima está se opondo à construção do cemitério novo. Através de um movimento, eles formularam um protesto e essa oposição chegou até nós. Trouxemos, então, essa manifestação para ser debatida na câmara. Sugerimos o local onde seria construído o Clube do Porto, logo após o bairro Cores de Minas, mas alguns vereadores levantaram a questão da distância, dizendo que não atenderia por estar em um raio com mais de 5KM. Porém, a lei diz que essa quilometragem é justa apenas para cemitérios particulares, o que não é o caso, já que o terreno é público. Usaram esse argumento só para se opor, porque não é distante, é dentro do perímetro urbano. É possível chegar tranquilamente até lá, inclusive com acesso pelo bairro Recanto. Não estou determinando que tenha de ser nesse terreno, é apenas uma sugestão, uma vez que o município não precisaria comprar outra área ou mesmo desapropriar. Mas o município quer vender esse terreno e o valor levantado chega a 8 milhões e 800 mil reais. Outro argumento contrário é a área total que o novo cemitério deve possuir: no mínimo, 4 hectares e o local no bairro São José a área equivale a 2,6 hectares. Portanto, nossa indicação procede por ser um local adequado. Caso alguém tenha uma ideia melhor será bem aceita”, desafia Villaça.
CONTRAMÃO – “Vemos que os projetos estão caminhando na contramão, porque não escutaram a população local e isso irá causar um grande impacto.Tem de fazer uma previsão para mais de 100 anos. Têm de ser feitas audiências públicas e processos licitatórios para que as empresas se enquadrem. Tanto o prefeito como o secretário Jurandyr colocaram pontos contrários da realidade. O secretário diz que ½ dúzia de pessoas são contra a realização do cemitério e isso é uma grande inverdade. Existe uma constituição na lei que fala sobre a durabilidade que tem de ser secular. Ou seja, tem de durar por séculos. Baseemos de exemplo no cemitério atual que tem uma área de 4,6 hectares com 20.000 túmulos e a proposta desse novo cemitério é para 7 mil túmulos. Ou seja, 1/3 do atual. Isso significa que ele terá durabilidade de 10 a 15 anos apenas. Vemos que essa proposta não é eficiente e irá resolver apenas por um curto prazo de tempo, trazendo transtornos maiores para o futuro”.
E O OUTRO LADO? - A reportagem G.P. entrou contato com a secretaria de obras e planejamento, quando sua secretária Janete Mascarello informou que não seria possível responder a esta matéria, uma vez que o secretário Jurandyr encontrava-se a trabalho em Ouro Preto/M.G. Entretanto, caso ainda queira responder, é só manter contato (3232-3434).