Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 40
Nº 2044
05/11/2024


Notícias
Notícias

Taiwan e Brasil: choque cultural - 12/12/2014

Quando ouvimos falar em viagens para o exterior, logo pensamos em países frequentados pela maioria das pessoas, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Portugal. Ou seja, sempre no circuito América do Norte ou Europa. Porém, a estudante pará-minense Lara Ferreira de Resende, 18 [Christiane e Sérgio (+)], fez intercâmbio em um lugar inusitado: Taiwan, na República da China. Ao retornar, a reportagem G.P. conversou com ela sobre essa oportunidade que ela teve de vivenciar por um ano essa imersão cultural. Acompanhe. “Desde pequena, tinha vontade de fazer intercâmbio e, quando surgiu a oportunidade, me inscrevi no programa de longa duração do Rotary Internacional, fiz as provas e fui aprovada. Pude escolher o país onde eu iria morar nas casas de famílias rotarianas e estudar em escolas locais, durante um ano. Escolhi o Taiwan, porque quis vivenciar um choque cultural e uma experiência diferente! Além disso, pude aprender a língua mais falada do mundo: o mandarim (língua chinesa)”, conta Lara. DIFERENÇAS – “A cultura taiwanesa é realmente muito diferente da nossa. A 1ª impressão que tive é que eles eram tímidos e reservados, mas, depois, eles se mostraram super carinhosos, engraçados e alto astral. No começo, tive dificuldades para me comunicar, já que não sabia a língua deles e eles não falam muito o inglês. Os modos na hora de comer também são bastantes diferentes e têm várias regras, mas com paciência eles foram me ensinando e eu me acostumei. Deixar o sapato na porta de casa, antes de entrar, também foi difícil de me acostumar, porque eu sempre me esquecia”. MILITARISMO? – “O Taiwan é um país muito moderno, mas, ao mesmo tempo, mantém suas raízes e cultura. O melhor de Taiwan são as pessoas, sempre muito interessadas, cuidadosas e prestativas. O único ponto negativo era o sistema militar nas escolas. Havia aulas sobre como manusear armas, palestras militares, pelo menos uma vez na semana, e havia, pelo menos, 3 militares monitorando a escola, o tempo todo, para ver se tudo estava sendo seguido (como eles queriam). Entendo o motivo disso tudo, já que a China não considera o Taiwan um país independente e sim de sua propriedade. Então, eles temem um ataque, a qualquer momento. Fora isso, as ruas eram limpas e o sistema de transporte coletivo perfeito”. CURIOSIDADES – * “As cidades maiores são modernas e bonitas com prédios altíssimos e muita tecnologia, mas eu morei no interior, bem rural e simples com casas cercadas por plantações de arroz, animais e estradas. * A maior economia de Taiwan são as indústrias, principalmente tecnológicas. Então, é muito comum ver em diversos produtos um Made in Taiwan. * Visitei o Taipei 101 que é um prédio de 101 andares que já foi um dos maiores do mundo. * Fui também em muitos templos, parques naturais e praias. Na verdade, visitei o Taiwan inteiro, já que é um país muito pequeno. * Achei muito engraçado que eles adoram cantar em karaokês. Eles até alugavam uma sala só pra cantar. Cantavam durante as viagens de ônibus, em reuniões, em todo lugar. * A comida era gostosa, mas muito diferente! Sempre com arroz, muitos legumes, frutos do mar, peixes e macarrão. * A carne que eles mais consomem é a de porco já que a bovina é muito cara e pouco saborosa. * Eles gostam bastante de restaurantes diferentes, engraçados. Visitei um que era todo rosa (inclusive a comida); um inteirinho do personagem Hello Kitty; e um que tinha gatos espalhados por todo lado. Comíamos com os gatos observando a gente. Brincávamos com eles (risos)”.

Mais da Gazeta

Colunistas