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Por uma imagem melhor dos motociclistas - 12/01/2015

O trânsito na cidade está, cada dia mais, cercado de armadilhas, principalmente para os motociclistas. Parece que andar de moto pelas ruas virou uma aventura, onde não é difícil ver vários deles comentando infrações e deixando uma imagem de que todo motociclista é irresponsável. Porém, quem participa do grupo E.I.A. - Escudos Independentes Associados - sabe perfeitamente que existem regras para todo motociclista seguir. A reportagem G.P. conversou com o professor e fundador do E.I.A., Glaydson Anderson Felipe, que contou como funciona essa agremiação. Saiba mais. “O E.I.A. é uma agremiação de amigos que gostam de motos e de viagens, mas que, antes de tudo, têm respeito a essa instituição chamada motociclismo. A irmandade possui 12 integrantes e o nosso principal objetivo é ter compromisso com nós mesmos de ter um momento de reflexão, descanso e lazer, ao lado de amigos, ao pegar uma estrada, pilotando uma moto. Não fazemos discriminação das cilindradas das motos. Tanto é que existem motos de 100CC até 1.100CC no nosso moto-clube. Só fazemos distinção do caráter do motociclista. Em 1º lugar, a pessoa tem de ter boa índole, porque carregar um brasão é uma responsabilidade enorme, pois a pessoa carrega o nome de uma instituição que é mundial. A pessoa é convidada por um membro, passa por um período que dura de 2 meses a 2 anos e ainda tem de assinar um termo de compromisso onde ela se compromete a respeitar o estatuto do nosso clube. Se for aprovado em todas as etapas ele terá o direito de portar o brasão do moto-clube. Eu sempre falo da importância de andar com sempre com o brasão, porque temos uma proteção a mais. O motociclista que está com o brasão é uma pessoa de boa índole, sempre terá ajuda e portas abertas em qualquer lugar que ele for. Certa vez, um motociclista com sua esposa, usando brasões, estava num encontro em Pará de Minas e eu nunca o tinha visto. Nisso, ele me perguntou onde tinha um hotel e eu falei para me seguir e acabei hospedando-os na minha casa. Isso é o que eu chamo de irmandade dentro do motociclismo”, conta Glaydson. E ESSA IMAGEM NEGATIVA? –“Essa imagem de mau caráter do motociclista vem dos primórdios do motociclismo, quando havia pessoas arruaceiras, sem compromisso com nada. Por isso, ainda hoje, uma pessoa com jaqueta preta e uma moto é vista como mau caráter e isso é uma coisa que não existe. Onde já se viu bandido andando de jaqueta de couro e de Harley Davidson? No meio motociclístico, temos médicos, professores, engenheiros, comerciantes, todas classes”. TRÂNSITO BRASILEIRO – “Nosso sistema de leis é hipócrita. Um jovem de 18 anos, que faz seu 1º exame em pista fechada em uma moto de 125CC, ao tirar sua C.N.H. poderá pilotar motos de grande porte, sem ter a mínima experiência. Infelizmente, nosso país preza mais a arrecadação de fundos. Precisamos de uma revisão nesse sistema”. CARÁTER SOCIAL – “Quando estamos em um point, estamos ali para nos divertirmos, encontrar os amigos e fazer um churrasco. Nas reuniões, fazemos ações sociais como entrega de brinquedos e cestas básicas. São reuniões fechadas. Uma das grandes ações realizadas foi juntamente com o extinto moto-clube Vickings do Asfalto, quando recolhemos duas camionetes de doações. O saudoso Binha fantasiou-se de Papai Noel e passamos a noite toda de Natal, andando pela cidade, entregando os presentes e as cestas básicas”.

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