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CALAMIDADE PÚBLICA versus CARNAVAL - 22/01/2015

Na tarde do dia 15, 5ª feira, a reportagem G.P. foi convocada para uma entrevista coletiva na câmara municipal, onde o vereador Flávio Medina levantou questionamentos com relação a gastos com festividades pela prefeitura. Segundo o vereador, se a cidade está em estado de calamidade pública, não há motivos para festejar nada. Confira. “Desde que ocupei a cadeira de vereador, venho prestando esclarecimentos à população, no que se diz respeito aos recursos financeiros públicos. Venho pedindo o zelo, tanto desta Casa Legislativa, quanto do Setor Executivo, no que tange gastar esses recursos com festividades. Entendo que Pará de Minas, a partir de 11 de novembro de 2014, renovou o decreto de calamidade pública que está vigente. Existe também uma resolução, por parte do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado, que pede prudência aos gestores públicos sobre usar dinheiro público com festividades. Nessas festividades citadas enquadra-se o carnaval. Então, por esse motivo resolvi dar essa satisfação à população, levando a eles, através da mídia local, o meu descontentamento com o atual gestor público, pois ele está fazendo mal uso, neste momento, do dinheiro do povo”, condena Medina. 600 MIL REAIS – “Entendo que ele (o prefeito) está declarando para todo mundo que a prefeitura não tem dinheiro, nem recursos financeiros. Ele tem que entender que nós não votamos o aumento que ele desejava, porque temos zelo com o dinheiro público e as contas mostram que somente para a realização do carnaval serão gastos 480 mil reais. Outra festividade é o Bariri Em Forma que juntamente com o Torneiro de Futebol Rural irá gerar um gasto de 140 mil reais. Ou seja, o carnaval, o Bariri Em Forma e o Torneio Rural, juntos, totalizam um gasto de 600 mil reais”. MENTIRA – “Neste momento, estamos com algumas empresas sendo licitadas para trabalhar em Pará de Minas para fazer a manutenção da iluminação pública. Ele falou e declarou que os vereadores que votaram contra o projeto estariam dando prejuízo de um milhão de reais ao município. Mas isso é mentira dele! Ele entrou com o projeto de aumento da taxa de iluminação na câmara, dizendo que vai ter gasto com a manutenção da iluminação, em torno de 100 mil reais mensais. Estranho, porque com o valor gasto nessas festividades ele conseguiria pagar 6 meses de manutenção da iluminação pública em Pará de Minas, trazendo muito mais segurança para a população. É preciso que o atual gestor público tenha mais consciência com o gasto público. Estamos em estado de calamidade pública e existe uma recomendação do Ministério Público. Então, irei fazer uma representação junto ao ministério para que ele faça a negatividade do carnaval deste ano na cidade”. PLEBISCITO – Como não poderia deixar de ser, a reportagem G.P. ouviu a prefeitura, através do secretário de esporte e lazer, Roger Dupim. Veja o que ele disse. “Eu respeito a opinião do vereador, mas essa não é a opinião da gestão Antônio Júlio. A determinação dele é de que todos os eventos sejam realizados, até porque se não os fazemos, as pessoas criticam. O vereador, talvez, devesse fazer um Plebiscito para ver se a população o apoia. O Bariri em Forma já está sendo realizado e o nosso departamento jurídico não nos orientou de que não poderíamos fazer eventos por a cidade estar sob estado de calamidade pública”, defende-se Dupim.

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