Após a GAZETA ter noticiado em 1ª mão que Pará de Minas é a 2ª maior cidade do Estado em índices de dengue, o tema tornou-se ainda mais preocupante. É temido que o vírus da dengue se expanda e torne-se uma epidemia. Aí, a população pode perder a guerra contra a dengue. Para saber mais sobre o alarmante assunto, a reportagem G.P. conversou com o secretário de saúde, Cléber Faria. Acompanhe.
“Temos uma situação preocupante, porque fizemos um levantamento científico, através do Ministério da Saúde, e temos dados piores que de janeiro deste ano. Precisamos de uma contribuição imediata da população para atacar onde o problema está que são os reservatórios provisórios criados como caixas d’água, tambores e outros. Esses locais hoje contêm 92% dos focos do mosquito da dengue. A população tem de sensibilizar para fazer a limpeza, caso contrário fica impossível o poder público atuar. Temos de contar com as pessoas dentro de suas casas. Continuamos com as campanhas em nível federal, estadual e municipal, mas temos a convicção de que se não houver uma conscientização da população de fazer o que está sendo orientado e solicitado, não vai adiantar nada. O pior é que pessoas não estão dando importância ao fato. Em algumas visitas, o agente encontra 4 focos e, ao retornar, depara-se com 16. Se não tiver uma conscientização por parte da população, estaremos em uma guerra perdida. A população terá responsabilidade nisso, como todos nós”, alerta o secretário.

COMO AJUDAR? – “Temos neste instante 8 casos notificados, 2 deles positivos, 4 negativos e outros 2 em análise. Continuamos pedindo a colaboração da população em relação aos reservatórios. Claro que a prefeitura faz a sua parte, mas é necessário a ajuda da população para evitar a proliferação do mosquito. Não basta simplesmente esvaziar as caixas d’água e entrar com uma água nova, pois os ovos do mosquito ficam nas paredes da caixa. O trabalho dos agentes agora tem sido contínuo com 60 agentes no município, mas tudo vai depender da ajuda da população”