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Bolsa Verde: cada vez pior - 13/07/2015


O atraso no pagamento da ordem de R$ 55 milhões do programa Bolsa Verde aos produtores rurais foi tema de uma audiência pública solicitada pelo deputado Inácio Franco, na assembleia legislativa. Deputados e entidades representativas dos agricultores cobraram dos representantes do governo estadual o pagamento da dívida e a retomada do programa. Considerado como solução para a preservação de áreas verdes e das nascentes, o Bolsa Verde remunera os produtores rurais e agricultores familiares cadastrados que já preservam ou que se comprometerem a recuperar a vegetação de origem nativa. Procurado pelos beneficiários do programa, Inácio Franco levantou dados preocupantes que foram apresentados na reunião. Em 2011, foram pagos R$ 5,5 milhões. No ano seguinte, o valor caiu para R$ 1,2 milhão. Em 2013, os recursos aumentaram para R$ 4,3 milhões. E no ano passado, houve uma redução drástica nos pagamentos, que foram de apenas R$ 266 mil. E para 2015, orçamento do Estado prevê recursos da ordem de R$ 1,7 milhão para o pagamento do Bolsa Verde. O deputado patafufo destaca que é mais barato pagar o produtor rural para preservar o meio ambiente em sua propriedade, considerando o pagamento de R$ 200 por hectare previsto pelo Bolsa Verde. Entretanto, segundo um estudo da Universidade Estadual de Campinas, os gastos para recuperar uma área degradada podem custar entre R$ 8 mil e R$ 10 mil por hectare. Houve também uma audiência pública sobre a preservação das nascentes, quando foi concluído que a crise hídrica possui diversas causas. Além da redução do volume de chuvas, a escassez de água é resultado da degradação do meio ambiente, agravada pela falta de recursos para fiscalizar as atividades que afetam as matas e os cursos d'água. Inácio defende a elaboração de políticas públicas para amenizar o problema.

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