Conforme noticiado na edição G.P. 1565, várias instituições de ensino do país já paralisaram o trabalho em prol de um salário melhor para os professores e analistas ligados à educação. Desta vez, a S.R.E. - Superintendência Regional de Ensino de Pará de Minas, em parceria com a S.R.E. de municípios vizinhos, mobilizou a equipe da cidade para conscientizar os trabalhadores das propostas apresentadas ao governo Pimentel. Segundo Orlando Gouvêa, técnico educacional da S.R.E. de Divinópolis, que esteve na cidade, as paralisações aconteceram nos dias 9 e 15 deste mês. Como não poderia deixar de ser, a reportagem G.P. foi conferir o movimento, quando falou com Orlando. Acompanhe.
“Graças a Deus, o Pimentel está nos dando uma abertura muito grande. Nós vivemos 12 anos de não atendimento à reivindicação no governo do P.S.D.B., através de Aécio e Anastasia. As paralisações ocorreram em nível estadual e as S.R.E.s estarão visitando as outras que não estão bem informadas sobre o movimento. (...) Os profissionais de magistério já foram atendidos, mas os administrativos que envolvem as S.R.Es. ainda não e por isso temos que fazer um reajuste, um acordo nessas distorções. No dia 9, tivemos uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa para pressionar os deputados e nos fazer visíveis, pois, até então, não estamos sendo vistos pelo governo. Se não formos ouvidos, vamos fazer uma assembleia com indicativo de greve temporária ou por tempo indeterminado”, ameaça Orlando.
PROPOSTAS – “As duas propostas de maior cunho salarial é a equiparação do analista educacional com o analista inspetor; a outra é dos técnicos educacionais passarem na metodologia proporcional de 85% do recebimento do analista educacional como início de carreira. Em termos de valores, o técnico educacional receberia um valor menor que um analista inspetor. Isso está muito aquém da nossa realidade... Então, esse é o objetivo maior da nossa movimentação pelo Estado de Minas Gerais: trazer o pessoal para lutar conosco para que possamos conseguir que nossas propostas sejam concretizadas”.
APOIO - A reportagem falou também com Eduardo Silveira, analista educacional da S.R.E. local. Veja.
“De maneira geral, a educação ficou por muitos anos de lado. Outras secretarias tiveram aumento durante esses anos de P.S.D.B. e a secretaria de educação sempre fica para trás por causa do número de funcionários. Então, agora estamos lutando para que o pessoal do administrativo consiga também uma atualização dos valores de remuneração que houve para outras secretarias e não para a de educação. A vinda da equipe de Divinópolis foi para fortalecer o movimento em favor da remuneração do servidor e fazer com que outras superintendências tenham maior adesão dos funcionários”.