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VAI FALTAR ÁGUA DE NOVO? - 20/08/2015

 Pará de Minas atravessa um novo período de estiagem e, para diminuir os efeitos e evitar os graves problemas enfrentados como no ano passado, a concessionária Águas de Pará de Minas estimula o uso consciente da água. Mas ao que tudo indica, devido à redução dos mananciais que abastecem a cidade e a falta de chuvas, o racionamento já começou. Para saber mais sobre o assunto, a reportagem G.P. falou com o superintendente Tiago Contage. Informe-se.
“Infelizmente o período de estiagem tem acentuado e o que nós temos dito, de forma bastante transparente, é que esse período não é só em Pará de Minas, mas no Brasil todo. O fato é que desde que a Águas de Pará de Minas assumiu, implementamos uma série de ações como, por exemplo, uma revisão completa em todos os postos que já estão em operação. Fizemos uma série de manutenções preventivas nas redes de distribuições, nos registros que proporcionam fazer manobras para abastecer a cidade de maneira mais adequada possível. Além disso, instalamos uma Estação de Tratamento de Água no bairro São Luiz com capacidade de colocar na rede de abastecimento algo próximo a 1 milhão de litros de água/dia. Temos uma série de ações que a empresa já vem implementando ao longo do tempo e é exatamente em função dessas ações que já temos atravessado esse período de estiagem com sucesso e com impactos minimizados. Prova disso é que hoje não existe registro de falta d’água na cidade, em função de redução de manancial, o que não quer dizer que não vai faltar”, alerta Tiago.

RODÍZIO DE NOVO - “Nossa equipe técnica acompanhou os principais mananciais nas últimas semanas, aliados à probabilidade de praticamente zero de chuva para região. Esse conjunto de fatores derrubou bastante o nível dos mananciais, principalmente na captação dos Paivas e do (ribeirão) Paciência. Com essa redução, não conseguimos manter os níveis dos reservatórios de água tratada na estação do bairro Nossa Senhora das Graças na mesma velocidade que recuperávamos antes. Isso vai requerer de todos ações pontuais, como o rodízio nos bairros. O que procuramos fazer com a maior responsabilidade possível e de maneira que não percamos a mão do sistema de abastecimento é que pretendemos atravessar essa fase da estiagem da melhor forma possível. Já iniciamos todos os estudos para tomarmos medidas responsáveis para que possamos fazer o rodízio de reabastecimento nos bairros, de maneira que consigamos preservar o reservatório de água tratada”.
COMO SERÁ? – “Em determinado dia, o abastecimento em algum bairro acontecerá durante a noite. Com essa rotina de abastecimento, a gente consegue manter o sistema hidráulico funcionando bem equilibrado e nos permitindo, sempre que necessário, mandar água para um bairro ou para outro com velocidade. Se perdermos o equilíbrio do sistema hidráulico, depois, para retomar, será mais difícil e com impactos maiores. Os rodízios já começaram a ser feitos, desde o início do mês. A população será avisada dos rodízios dentro da nossa programação para que não sejam pegas de surpresa”.

E A ADUTORA? – “Em meio a algumas dificuldades, uma notícia boa: a construção da adutora em seus 28KM, sendo que mais de 24KM já foram assentados. Os últimos 4KM estão na parte urbana, onde temos um nível de dificuldade maior, em função do trânsito e ruas estreitas. O que nos mantêm empenhados e comprometidos a resolver o problema da cidade é esse andamento da adutora, quando teremos resolvido o abastecimento de água em quantidade e qualidade”.

G.P. DE OLHO - Um dia após essa reunião, leitores G.P. começaram a ligar para a GAZETA para informar que estava faltando água em 2 bairros (Santos Dumont e São José).

IMAGEM - Diante da crise hídrica e preocupada em estreitar o relacionamento com os veículos de imprensa da cidade, a Águas de Pará de Minas convocou os formadores de opinião da cidade, na última 4ª feira, 19, para esclarecer sobre as manobras diárias de abastecimento de água. Nessa mesa redonda, estiveram presentes 5 funcionários da empresa. Após o encontro, a reportagem G.P. questionou, com exclusividade, o gerente de operações, Anderson Rocha, sobre a água que já está faltando nos bairros São José e Santos Dumont. Veja o que ele disse.
“O bairro São José foi monitorado e abastecido, só que as ruas Curitiba, parte da Rio de Janeiro e da Goiás ficaram realmente sem abastecimento, porque nós identificamos, através das reclamações de moradores dessas ruas que um dos registros, que alimenta as ruas, fechou sozinho. Isso acontece, porque os registros são antigos e, quando você começa a fazer sistema de manobra, esse defeito realmente pode ocorrer. Hoje, 4ª feira, nós vamos substituir esse registro e amanhã, 20, já terá abastecimento. Em caso de problemas, é importante que as pessoas liguem para a empresa, comuniquem o endereço para agirmos (...) Isso aconteceu também no Santos Dumont, no mesmo dia. Identificamos o registro que estava fechado no início do abastecimento e vimos que a água não chegava onde deveria. Isso atrasou a manobra em 3 horas, mas o problema foi imediatamente solucionado”, afirma Anderson.

CHUVAS - Na ocasião, o superintendente da Águas de Pará de Minas, Tiago Contage, afirmou que a imprensa será informada, diariamente, sobre os abastecimentos e manobras do dia. Disse mais.
“Estamos passando por uma crise e a Águas de Pará de Minas é parte da solução. Mas se não chover, a tendência é que isso se agrave”, adverte Tiago.

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