Parkinson é uma doença progressiva do sistema neurológico que afeta principalmente o cérebro. É um dos principais e mais comuns distúrbios nervosos em pessoas com 60 anos ou mais e é caracterizada, principalmente, por prejudicar a coordenação motora e provocar tremores e dificuldades para caminhar e se movimentar. A urgência na busca de uma melhor qualidade de vida para os afetados pela doença levou o deputado federal Eduardo Barbosa a entrar com um pedido, solicitando a realização de audiência pública, na Câmara dos Deputados, em Brasília/D.F. para discutir com a sociedade a questão. O objetivo da audiência foi pautar o assunto na Comissão de Seguridade Social e Família e iniciar interlocuções, junto ao Ministério da Saúde, na criação de uma política pública direcionada ao segmento. Na opinião do deputado, a situação está muito mais próxima do nosso cotidiano do que se imagina e a discussão é essencial para apontar caminhos, visando enfrentar os desafios relacionados à doença. Vejua.
“Nós precisamos priorizar essas questões e criar estratégias que ofereçam mais conforto e segurança. Não só para aqueles que hoje vivenciam a doença, mas para futuras gerações que enfrentarão situações semelhantes”, alerta o deputado federal.
Segundo ele, um tema que merece destaque é a questão do cuidador. Conforme apontou, há projetos de lei que buscam regulamentar a profissão e criar opções de financiamento para os que necessitem desses profissionais. Eduardo Barbosa destaca que dependendo do estágio da doença, pode ser necessária a presença de um acompanhante para ajudar na realização de tarefas e nas necessidades pessoais. Acompanhe.
“A figura do cuidador garante apoios para aqueles com dificuldades de comunicação, de orientação, de mobilidade ou outras limitações de ordem motora, viabilizando assim sua maior participação social. A necessidade desse cuidado é incontestável na vida cotidiana e sua disponibilidade é fundamental para a dignidade pessoal e a efetivação da cidadania”.
A audiência contou com o depoimento de Ana Maria Zaguini Bernardes, presidente da Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo, que destacou a importância da saúde para a plena realização da existência humana. O doutor Nasser Allan, representante da Academia Brasileira de Neurologia, relatou que a legislação que trata da isenção de impostos e de certos benefícios no imposto de renda necessitam ser reformuladas por discriminarem uma série de patologias degenerativas semelhantes ao Parkinson e a demências.
OS NÚMEROS
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (O.M.S.), há no mundo cerca de 4,7 milhões de pessoas portadoras da doença de Parkinson. No Brasil, estima-se que essa população esteja em torno de 300 mil pacientes. A doença atinge, diretamente, também as famílias de seus portadores pelos cuidados especiais indispensáveis aos parkinsonianos. O tratamento da doença necessita, além dos médicos e dos indispensáveis medicamentos, da ação de outros profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, professores de artes e de práticas de atividades físicas e esportivas, além dos que atuam nos segmentos do convívio social e de apoio a famílias fragilizadas.