Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 40
Nº 2044
05/11/2024


Notícias
Notícias

Jornal revela resultado do 12º Concurso GP - 08/08/2014

O Pai Patafufo do Ano, Jairo Vasconcelos, ladeado por seus 6 filhos, sendo uma do coração, Mary (E) 


Observando o avanço da mulher na sociedade e acompanhando de perto a eleição da Mãe Pará-minense do Ano, realizado pelo Rotary Club, a GAZETA decidiu homenagear e prestigiar também o papel fundamental do pai, na constituição familiar. Dessa forma, desde 2002, a GAZETA instituiu o concurso Pai Patafufo do Ano. Após uma análise criteriosa das cartas que chegam à redação, a Equipe GP apresenta, anualmente, o pai que recebeu o maior número de votos. Este ano o pai selecionado foi o comerciante Jairo Lopes Vasconcelos, 85, comerciante, viúvo de Manoelita de Souza Mendes, com quem conviveu 57 anos, pai de 5 filhos (Maria Imaculada, o médico Jairinho, Geysa, Gláucia e Sigefredo), uma filha do coração e avô de 14 netos e bisavô de 4 bisnetos. Leia a carta enviada ao jornal por sua filha Geysa Vasconcelos Vilela que agora dará a ele esse grande presente no Dia dos Pais, comemorado neste domingo, dia 10. Veja.

“Um homem, um amigo, um aconselhador, um humilde pai, como José, o carpinteiro. Jairo Lopes Vasconcelos, natural de Onça de Pitangui/MG, filho de Aurora Lopes Xavier e Francisco Gabriel Vasconcelos Barbosa, nasceu em uma numerosa família de 11 irmãos. Teve a felicidade de nascer no dia 7 de outubro de 1929, ocupando o 7º lugar entre os irmãos. Com o passar do tempo, numa determinada idade, teve que abandonar a sua determinada mãe e alguns irmãos que se mudaram para Pará de Minas para trabalhar. Assim, Jairo e seu irmão, Domício, continuaram trabalhando com o pai. Desde pequenino, já executava tarefas difíceis, pois a obediência estava sempre à frente. Enquanto sua lida era com boiada, seu pai, carinhosamente conhecido como Timbié, atuava-se como médico charlatão por ter conhecimento nato. Depois de um determinado tempo, em 1944, resolveram acompanhar a mãe e os irmãos, mudando-se também para Pará de Minas. Nessa época, Jairo trabalhou de empregado para seus irmãos que haviam fundado a Fábrica de Banha Aurora, há 2 anos (onde funciona hoje a Plena Alimentos). Por ser um exímio empregado, passou a fazer parte da fábrica, tornando-se sócio. Trabalhou até 1978, quando teve que interromper suas tarefas, pois era muito perfeccionista e humano com as pessoas. Aos 62 anos, teve um grave problema de coração que o levou à uma cirurgia urgente e, desde esta época, vem lutando para continuar vivendo. Hoje, com 85 anos, já bem debilitado, não deixa de participar dos momentos de alegria e tristeza com seus familiares. Uma pessoa espetacular, um ser adorável e um pai invejável e guerreiro”. 

EM BOA HORA - A reportagem GP ligou para a filha Geysa para anunciar o resultado. Emocionada, ela esteve na sede da GAZETA, quando falou sobre essa sensação única. Confira. 

“Por volta das 14H do mesmo dia, recebi um telefonema da Maria José, da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, me convidando para voltar a ajudar na igreja, pois com a doença do meu pai eu tive de me afastar. Então, fui ao Santíssimo Sacramento para agradecer e, como eu estava sozinha, rezei em voz alta e, no momento exato, em que eu pedi ao Santíssimo pelo meu pai, meu telefone tocou e eu ainda pensei: Como pode me ligarem dentro da igreja? Quando atendo a ligação, era um repórter da GAZETA, dando essa boa notícia. Eu fiquei no ar, sentei e comecei a chorar... Jamais esquecerei todos esses momentos”.

DIVINO - “Eu escrevi a carta em nome de todos os irmãos, porque meu pai merece tudo. Será um Dia dos Pais muito especial e, embora minha mãe não se encontre mais aqui, meu pai faz por ela. Não vamos comemorar apenas o Dia dos Pais, mas também o Dia das Mães, ao mesmo tempo, porque hoje, para nós, ele faz muito bem o papel de pai e mãe. Mas, assim como meu pai, todos os pais pará-minenses merecem esse presente e eu estendo essa grande alegria a todas as famílias. É inacreditável o que podemos sentir ao ver nosso pai receber esse título. Eu escrevi essa carta há 2 anos, mas ninguém (da família) soube que eu havia escrito. Meu pai é um homem simples e muito conhecido na cidade. Quando eu fui prepará-lo para dar a grande notícia, eu perguntei o que ele estava sentindo e ele disse que estava sentindo alegria. Isso foi uma recompensa maravilhosa e me deu mais felicidade ainda! Foi uma excelente notícia, vindo do Divino e da GAZETA”, comemora Geysa.

Colunistas