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Eventos GP
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DEBATE SOBRE DIVERSIDADE SEXUAL - 07/10/2016

Realizado no último dia 29, o 214° Grande Papo, desta vez na Escola Estadual Professor Wilson de Melo Guimarães com o tema Diversidade Sexual. Os debatedores convidados pela Comissão Organizadora do Evento foram o psicólogo Leone Mesquita e o professor de inglês, Gabriel Morgado. Após o debate, aconteceu o sempre esperado Ganha Prêmio com brindes da Algar Telecom, Plena Alimentos, escritor José Pereira da Costa (livro Entre Feras) e também da própria GAZETA. A animação antes do debate ficou por conta do grupo de pagode Pura Amizade que animou a galera com muita simpatia e ótimo som. A reportagem GP conversou com os dois debatedores e também com o vocalista do Pura Amizade, após o debate. Veja primeiramente o que disse o psicólogo Leone Mesquita.

“O que atrapalha a sexualidade são as   pessoas que se acham entendidas do assunto”

“Eu acredito que não tem idade para uma criança/adolescente começar a ser orientada sobre sexualidade. A sociedade consegue direcionar isso de uma determinada forma que as coisas acabam acontecendo. O problema maior é que nós temos hoje uma deformação da sexualidade tão grande, principalmente no meio político, com visões tão distorcidas, que estamos precisando mais é reinterpretar com os nossos filhos que aquilo que eles estão ouvindo são falas obscenas a respeito da sexualidade. Enfim, acho que o que atrapalha a sexualidade são as pessoas que se acham entendidas do assunto. Acho também que não tem de existir orientação para se ter a 1ª relação sexual. Acho que tudo vai acontecer no momento certo de cada adolescente, porque, por mais que eu queira orientar, a minha visão adulta é completamente diferente do mundo e das relações que ele está vivendo. Uma coisa é orientação sexual, outra coisa é orientação de risco sexual. O ato sexual é uma coisa; preservação é um outro assunto. Acho fundamental dizer que pai é pai e amigo é amigo e que pai não tem que tentar forçar a sexualidade do filho para que ela aconteça ou não. Isso, porque com as filhas eles não forçam nada, pelo contrário. Mas com os filhos eles forçam... Como já disse, as coisas devem acontecer de forma natural, sem cobranças. Assim, tudo dá certo”,  provoca Leone.

Veja agora o que disse o professor Gabriel Morgado à reportagem GP.

“Macho é um termo que já caiu por terra e precisa ser abolido”

“O Grande Papo promovido pela GAZETA tem sido uma boa oportunidade para a troca de ideias e a discussão de assuntos importantes para a sociedade. O evento abre portas para um espaço ainda mais sério: o da educação consciente e crítica. Acontece que, para participar de momentos como este, os convidados precisam estar atualizados, abertos, preparados, sem qualquer preconceito. Em ambientes de educação, assim como em todos os outros locais, quando se fala de sexualidade, a luta para se combater o machismo de cada dia deve ser constante. Então, vocabulários e conceitos ultrapassados de submissão feminina e comentários homofóbicos devem ficar fora dessa roda. Referir-se ao ser humano do sexo masculino como macho ou abordar a homossexualidade como doença ou distúrbio a ser tratado estão entre termos e teorias que já caíram por terra e precisam ser abolidos. O Grande Papo deve servir para somar, formar consciências mais livres e independentes. Daí a importância do esclarecimento e da abolição dos preconceitos. E os alunos dessa escola reconheceram a importância dessa conversa aberta e atual”, metralha Morgado que foi duas vezes aplaudido pela plateia.

Veja agora o que disse o vocalista da banda Pura Amizade, José Magno de Oliveira Júnior.

“Eu jogo vôlei e nesse meio há muito homossexuais”

“Achei muito importante esse tema, principalmente a parte sobre o homossexualismo e o preconceito não deveria existir. Eu tenho muitos amigos gays e tenho outros amigos que me zoam pelo fato de eu estar no meio deles. Isso, porque eu jogo vôlei e nesse meio há muito homossexuais. Diante disso, surgem piadinhas e não tem que ser assim. Todo mundo tem que ser respeitado. A violência contra essas pessoas tem de acabar também, pois eles são pessoas normais como a gente”, defende Juninho, como ele é mais conhecido.

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