Realizado no último dia 24, o 216º Grande Papo, último da temporada 2016, na Escola Estadual Nossa Senhora Auxiliadora com o tema Pec e a Reforma do Ensino Médio. Os debatedores convidados pela GAZETA foram a especialista em educação e Secretária do Conselho Municipal da Educação, Heliane Santos, o professor Jáder Maia e a diretora estadual do Sindi-Ute (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) e da secretaria de organização da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Marilda de Abreu Araújo, que veio de Belo Horizonte especialmente para participar do evento. A abertura musical ficou por conta de Marcus Ferreira que animou a galera com muita simpatia. Após o polêmico e difícil debate, aconteceu o sempre esperado Ganha Prêmio com brindes da Algar Telecom, Plena Alimentos e da própria GAZETA. Em seguida, a reportagem GP conversou com os três debatedores Veja primeiramente o que disse Heliane Santos.
“Quando se fala de perdas de direitos, você tem que conhecer o que você tem hoje na legislação pra você saber exatamente aquilo que você está perdendo. Se você não conhece os seus direitos, como você saberá se a Pec está te tirando alguma coisa? Então, temos que valorizar as ações conquistadas, para dar valor aquilo que está sendo retirado de nós. Precisamos estudar sobre aquilo que temos direito e sobre aquilo que está sendo tirado, buscando saber exatamente o que iremos perder. Se existe uma Lei de Responsabilidade para rever os gastos, congelar o recurso da educação por 20 anos será a solução? Daqui a 20 anos, o nosso Pib será um dos piores países do mundo, de acordo com pesquisas de economistas renomados do Brasil”, politiza Heliane.
QUE PAÍS É ESTE? - Veja agora o que disse o professor Jáder Maia à reportagem GP.
“A Pec propõe um congelamento de 20 anos nos investimentos feitos pela União, limitando o reajuste ao índice de inflação do ano anterior. Se a Pec da Educação for aprovada será uma catástrofe, pois já vivemos em um país onde não há justiça e agora ainda vão mexer na verba da educação e da saúde. O povo brasileiro está confuso em relação a tudo isso e está me dando cansaço de morar em um país como este”, esbraveja Jáder.
ENEM PREJUDICADO - Veja também o que disse a diretora estadual do Sindi-Ute e secretária de organização da CNTE, Marilda de Abreu Araújo, à reportagem GP.
“Se a Pec for aprovada o Enem não acabará, mas acredito que ele vá perder sua função de ser o auxiliar do vestibular para entrada de estudantes nas universidades. Ele passará a ser medida de conhecimento de aluno, assim como a Prova Brasil, perdendo o seu principal intuito que é o de ser o vestibular para os filhos da classe trabalhadora. Acredito que a Medida Provisória 746 irá mexer nos currículos, inclusive nos das universidades. As universidades vão perder sua autonomia de formar seus currículos e trabalhar apenas os conteúdos do currículo básico e mínimo que o Estado vai oferecer”, lamenta Marilda.