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Apoiado, estudante patafufo faz curso na Federal - 12/03/2010

Muitos jovens, ao saírem do ensino médio, sonham em cursar uma faculdade federal, mas muitos são vencidos pela concorrência, por exigir muito esforço e até mesmo por não ter condições de se manter em outra cidade. O pará-minense Luiz Paulo Correia, 20, que sempre estudou em escolas públicas, e utilizava a biblioteca do seu bairro para estudar, passou por todas essas dificuldades, mas não desistiu de seu sonho. Com o apoio de Maria do Patrocínio, mais conhecida como Dona Fia do Restaurante da Criança (Garra Profissional em 1996, 1999, 2006 e 2008) que ele tem como mãe, no ano de 2009, Luiz passou em 10º lugar no curso de Sistema de Informação, na UFMG. Dificuldades não faltam, mas, com apoio de 4 padrinhos, Luiz está realizando o seu sonho. Na sede do restaurante, no Recanto da Lagoa, onde tudo começou, ele recebeu a reportagem GP e contou, com exclusividade, como tudo aconteceu. Vale a pena conferir. A LUTA – “Eu fiz todo o ensino fundamental aqui no Caic e depois quando fui para o ensino médio, mudei para o Fernando Otávio. O meu ensino médio foi muito bom e eu devo muito dessa vitória a isso. Eu sempre tive vontade de fazer um ensino superior, mas eu não sabia o que fazer. Então, assim que sai do ensino médio, prestei vestibular para Pedagogia, na UFMG, pois eu queria fazer uma faculdade federal, por ser de graça e pelo ensino ser bom. Neste vestibular passei na 1a etapa, mas não voltei para fazer a prova da 2a etapa, pois se eu passasse iria ficar frustrado por não ter condições de ir morar e estudar em Belo Horizonte/MG. Por isso, não fui. Trabalhei 6 meses em supermercado para juntar um dinheiro e, depois, fazer outro vestibular. Depois, fiz o concurso do IBEGE, passei e trabalhei lá por 2 anos. Fui juntando dinheiro para o meu 2o vestibular, desta vez para Sistema de Informação. Eu estudei muito, fiz 4 meses de cursinho, porque tive um desconto. Estudei em casa e passei na 1ª etapa. Aí, eu vinha todos os dias para a biblioteca do restaurante e estudava bastante, sempre sozinho. Ter essa biblioteca no bairro fez toda a diferença, porque a biblioteca daqui é riquíssima e tem toda a estrutura com livros muito bons. Antes de fazer o vestibular, pensei em milhares de cursos, todos voltados para a área de humanas... queria trabalhar com o social. Aí, no fim do 3o ano, a professora de química, Neide, me deu a dica de que eu não precisava fazer um curso social para ser solidário. Poderia ser um voluntário. Então, pensei muito. Analisando minhas notas na escola, vi que eu tinha mais facilidade nas áreas de exata. Então, optei pela informática, um curso que, depois, eu poderei trabalhar na área e ajudar as pessoas com o meu serviço. E o curso tem muito da área humana e não só da informática”. O APOIO “Minha família sempre me ajudou e continua me ajudando, me dando muito apoio. Foi graças a minha mãe, Eni Piedade, que sempre me deu força e me ensinou muito também que eu conclui o ensino médio. Mas a faculdade ela não tinha condições de me bancar... Ela, juntamente com a minha avó, Maria de Lourdes, e meu padrasto, Altino Evangelista, tive sempre muito apoio. Se cheguei aonde cheguei foi graças

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