Convidadas para expor na 250ª Mostra GP, neste mês de setembro e outubro, a instrutora de artes, Helena Honório Marques dos Santos, 62, e a artesã, Andréa Bessa, 48, contaram um pouco da história do grupo de produção de cerâmica criado em 1999, pela Escola Municipal de Artes e Ofícios Sica. No início, o grupo era composto por seis integrantes e o objetivo era reunir professores e ex-alunos convidados, após as oficinas de cerâmica realizadas na escola. Para saber mais sobre esse assunto, a reportagem GP conversou com Helena Honório. Veja.
“Sou instrutora de pintura em tecido e bordado, além de produtora de cerâmicas. Tudo começou quando eu ganhei uma aula na escola de artes, patrocinada por Pedro Henriques. Ele sabia que eu queria muito ter aulas de desenho - meu sonho - e eu nunca tinha tido oportunidade, por falta de tempo e também por uma questão financeira. Na época ele era um dos integrantes da diretoria da escola e eu comecei fazendo desenhos e artes integradas. Depois, passei a fazer todas as oficinas que apareciam. Fui aluna da escola de artes, durante nove anos. Em seguida, fiz o concurso da prefeitura com a intenção de dar aula de cerâmica que era com que eu mais trabalhava. Comecei substituindo um professor e, depois que eu passei no concurso municipal, dei aula de artes integradas, cerâmica, bordado e pintura em tecido. Mais pra frente, fui ficando mais com as aulas de pintura em tecido e bordado. A arte faz parte da minha vida! Eu tenho uma história longa, de muitos alunos que fizeram aula comigo, pois dou aula desde os Anos 90 e muita gente já passou pelas minhas mãos, até a Andréa (que a acompanhava). Já trabalhei no Centro de Convivência dos Idosos e foi um trabalho muito bom. Resumindo, já tive alunos de todas as idades, de crianças a idosos,” afirma Helena.
FALE MAIS DO GRUPO – “O grupo produz, através de encontros semanais, peças utilitárias e decorativas com cerâmica de qualidade. O produto final é identificado com a sigla GP (Grupo de Produção) e com o nome do artesão que modelou. Depois de queimado e etiquetado, ele está pronto para ser exposto e comercializado. A escola de artes entra com a infraestrutura necessária ao projeto como o fornecimento de argila, forno para queima, espaço físico e coordenação. O produto final pertence à escola que também é responsável pela exposição e comercialização, ficando com cinquenta por cento da venda de cada peça. Hoje, treze ceramistas integram o grupo que retomou seu trabalho a todo vapor, após um período de quase extinção do projeto. São eles: * Eloísa Xavier; * Wagner Vasconcelos; * Degnaldo Miranda; * Alfar Lima; * João Batista Leite; * Luiza Yamamura; * Helena Honório; * Clotilde Valdez; * Andréa Bessa; * Cíntia Caldas; * Geralda Morato; * Gabriel Domingos; e * Rafael Domingos.”
A ARTE - A reportagem GP conversou também com a artesã, Andréa Bessa. Acompanhe.
“A arte entrou na minha vida bem cedo, porque, quando eu era bem novinha, já bordava, fazia crochê e tricô. Depois que conheci a escola de artes eu introduzi outras artes na minha vida como biscuit, cerâmica - minha paixão - decoupage, pintura, marcenaria e, assim, fui me aperfeiçoando mais. Na minha família não tinha ninguém desse ramo, mas vou passando influências (riso). Na escola, já temos alunos que estão construindo artes.”