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Portador de sofrimento mental deve ser mantido na sociedade? - 23/04/2010

O salão do Sindicato Rural Patronal foi palco, no último dia 13, da 1ª Conferência Municipal de Saúde Mental, quando profissionais da saúde, usuários e interessados pelo assunto discutiram ações que irão contribuir com a reinserção dessas pessoas, até então vítimas de preconceito e da discriminação pela sociedade atual. Essas conferências vêm sendo realizadas em várias partes do país e surgiram com a Reforma Psiquiátrica, quando foram extintos vários manicômios e mudanças de visão começaram a ser realizadas em relação ao tratamento da doença mental. Neide Almeida, secretária executiva do Conselho Municipal de Saúde, disse que esta é uma conferência muito importante para os usuários da saúde mental no município, onde são verificadas todas as políticas de combate ao sofrimento mental. Na opinião do psicólogo e também membro do Conselho Estadual de Saúde, João Carlos Vale, a reforma tem como principal objetivo tratar o portador de sofrimento mental sem retirá-lo da sociedade, já que antes ele era completamente discriminado e retido em manicômios. Já Elvira Almeida, psicóloga e conselheira estadual de saúde mental, disse que a reforma psiquiátrica passa por um momento muito importante. “Esta reforma vem desde os anos 70 e desde o ano de 2002, quando foi realizada a 1ª Conferência de Saúde Mental no Brasil, muita coisa mudou. É muito importante a vontade política em torno deste assunto para que as pessoas que sofrem deste transtorno sejam de fato reinseridas na sociedade”, diz ela. Nessa audiência também foram escolhidos os representantes da cidade na Conferência Estadual que irá acontecer no mês de maio em Belo Horizonte/MG. Eles apresentarão para o Estado todas as reivindicações e soluções discutidas nessa conferência patafufa.

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