O jornal Estado de Minas, por vários dias, soltou
matérias na série Notas Frias S/A, onde mostrou
como os deputados estaduais empregam a tão
discutida verba indenizadora de R$ 20 mil, recebida
mensalmente por eles para a manutenção de seus
mandatos. São várias as irregularidades nas
prestações de contas apontadas pelo jornal como
verba jogada na caixa de campanha, alteração nos
preços de serviços contratados, principalmente em
restaurantes, além de pagamentos com despesas
pessoais. Pelo menos 51 dos 77 parlamentares têm
alguma irregularidade na prestação de contas dos
gastos com a verba indenizatória. E entre eles estão
deputados conhecidos dos pará-minenses como Jayro
Lessa (DEM), Domingos Sávio (PSDB), Antônio
Júlio (PMDB) e Inácio Franco (PV).
R$ 4.700,00 – O deputado Antônio Júlio teve o nome
relacionado com o pagamento de R$ 4,7 mil, segundo
o Estado de Minas, em refeição no restaurante
Gardinus, em Belo Horizonte/MG. A reportagem GP,
como não poderia deixar de ser, entrou em contato
com o deputado que explicou sobre o seu gasto.
“A verba indenizatória sempre será questionada, o que
vale lembrar que o valor de R$4.700,00 refere-se a
6 meses de refeição, equivalente a aproximadamente
a R$783,00 por mês. Mas a Assembleia nos dá o
direito de gastá-la da forma correta e a verba dá
o direito de gastar sim, com alimentação. Eu uso
a minha verba de divulgação, e com alimentação,
quando recebo pessoas de cidades vizinhas. Mas ao
contrário do que foi dito não uso notas frias. E as
pessoas podem ver pelo site da Assembleia toda a
prestação de conta, que é pública, do que é gasto
com a verba indenizatória. A intenção das matérias
do jornal Estado de Minas foram maldosas e o meu
advogado já está tomando as medidas legais contra
o jornal para termos o direito de resposta”, explica
o deputado Antônio Júlio.
R$ 4.671,07- Já o deputado Inácio Franco, segundo
o jornal, gastou R$ 4.671,07 para pagar o IPVA de
apenas um carro de alto luxo, uma Toyota Hillux. A
reportagem GP também entrou em contato com sua
assessoria.
“Esclarecendo a matéria publicada pelo jornal
Estado de Minas em sua edição desta quinta-feira,
dia 22 de abril, com o título “Privilégio pago pelo
povo”, demonstro a minha insatisfação com a
citação de meu nome, que considero ter sido feita
de forma injusta. Informo que fui ressarcido pela
Assembleia Legislativa no valor de R$ 4.611,07,
referente ao pagamento de imposto de veículo de
minha propriedade que utilizo também para as
minhas atividades parlamentares. Este veículo foi
adquirido com recursos próprios, provenientes de
minhas atividades como empresário e produtor rural.
Eu o coloquei