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Pará-minense se destaca no vôlei de praia - 30/04/2010

Ultimamente, não é mais novidade que vários paráminenses vêm se destacando nos mais variados esportes, em nível estadual, nacional e até internacional. A pará-minense Érica Freitas, por exemplo, vem sendo considerada a principal aposta mineira no Circuito Banco do Brasil de Vôlei. Hoje, residente em Barbacena/MG, Érica conversou com a reportagem GP. Confira. PATAFUFO E PRAÇA – “Ainda pequena, eu já dizia que seria atleta, só não sabia ainda de que (risos). Comecei a jogar vôlei aos 12 anos de idade, em uma escolinha no Patafufo, com o professor Antônio. Aos 14, passei a jogar na Praça de Esportes com o técnico Marcelo Costa, quando passei a defender as cores da cidade. Nessa época, treinava handebol e vôlei e jogava de tudo um pouco. Jogava nos Jepam pelo conhecido Colégio das Irmãs em todas as modalidades. Sempre fui fominha de bola (mais risos). Aos 15 anos, me decidi pelo vôlei. Em julho de 1999, fui para Uberlândia/MG jogar pelo Sesi e em 2000, para Barbacena”. BARBACENA – “Moro aqui há 11 anos. Vim exclusivamente para jogar vôlei; primeiramente, vôlei de quadra. Esta cidade sempre teve muita tradição na modalidade e é considerada um dos pólos do voleibol nacional, graças ao belo trabalho realizado pelo técnico Júlio Tadeu, através de investidores locais. A campeã olímpica Sassá nasceu e foi formada esportivamente aqui. Além dela, várias outras atletas foram formadas aqui. Desde que vim para Barbacena, tenho todas as minhas despesas de moradia e alimentação pagas. Hoje tenho 4 patrocinadores (Unimed, Roselanche, Centro Gráfico e Rivelli). São eles que garantem minhas despesas aqui e nas competições”. 9ª POSIÇÃO – “Jogando e treinando vôlei de quadra, em 2003, jogamos, Luciene e eu, pelo Campeonato Mineiro de Vôlei de Praia que foi realizado em Juiz de Fora/MG. Vencemos. Logo em seguida, jogamos pela 1ª vez em uma etapa do Circuito Nacional, em Juiz de Fora mesmo. Jogamos bem e ficamos encantadas com a modalidade. Até 2006, jogamos apenas algumas etapas, 3 ou 4 das 12 que aconteciam. Aí a Luciene parou de jogar. Então, no início de 2007, com orientação do meu técnico, Júlio Tadeu, pulamos definitivamente para o vôlei de praia. Montamos uma super estrutura, com centro de treinamento, patrocínios e muito trabalho. Passei a jogar com outras parceiras e os resultados apareceram. Em 2007, iniciei na 42ª posição no ranking individual e terminei em 14ª. No final de 2008, estava rankeada entre as melhores duplas do país, encerrando o ano na 10ª posição. O ano de 2009 foi brilhante, com ótimas colocações. Em 2010, estive pela 1ª vez em uma semifinal. Hoje estou na 9ª posição do ranking individual. REMUNERAÇÃO – “Esse circuito é organizado pela Confederação Brasileira de Voleibol e patrocinado pelo Banco do Brasil. São 12 etapas no ano, onde cada etapa é como se fosse um campeonato com as fases classificatórias, eliminatória, semi-final e final. Cada etapa é em um Estado diferente e muitas etapas acontecem em cidades que não têm praia. É um circuito profissional, onde os atletas recebem para jogar, através das premiações. Somos remuneradas de acordo com a nossa colocação na etapa. De acordo com a colocação tem uma pontuação e uma premiação em dinheiro... Fora isso, jogo nos Jogos Abertos de são Paulo, representando uma cidade paulista. Joguei também neste ano o Campeonato Brasileiro Universitário de Vôlei de Praia. Joguei também, no ano passado, uma etapa do circuito mundial, pois estava bem colocada e como foi em Brasília/DF meus patrocinadores autorizaram e bancaram a participação”. RECONHECIMENTO – “Estou vivendo um momento de muita felicidade. Estar jogando no maior campeonato de vôlei de praia do mundo e estar disputando de igual para igual com feras como Juliana/Larissa, Shelda, Virna, Nalbert, Emanuel/Ricardo, Leila, etc. que, alguns deles, eram meus ídolos quando comecei a jogar, é muito bom e satisfatório. Terminei o ensino médio aqui, em Barbacena, fiz faculdade de Educação Física e hoje sou atleta profissional de vôlei de praia. Além de trabalhar, dou aula de educação física em uma escola federal e tenho também uma escolinha particular de voleibol de quadra, onde funciona também um projeto social, através da Unimed de Barbacena. Agradeço sempre a Deus por ter me encaminhado para o lugar certo e ter colocado as pessoas certas no meu caminho”. PARÁ DE MINAS – “Ainda tenho muito contato com Pará de Minas, pois meus pais e toda a minha família moram aí. Sinto muito bem quando chego aí, de me sentir em casa. Não dá para ir muito por causa dos compromissos com treinos e competições. Procuro acompanhar tudo que acontece, esportivamente falando, na cidade. Mas fico um pouco triste e preocupada com a formação esportiva da cidade. Precisamos unir o poder público, empresários, profissionais e toda a comunidade para termos novos atletas pará-minenses sendo revelados. Estou, inclusive,

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