Ultimamente, não é mais novidade que vários paráminenses
vêm se destacando nos mais variados esportes,
em nível estadual, nacional e até internacional.
A pará-minense Érica Freitas, por exemplo, vem
sendo considerada a principal aposta mineira no
Circuito Banco do Brasil de Vôlei. Hoje, residente em
Barbacena/MG, Érica conversou com a reportagem
GP. Confira.
PATAFUFO E PRAÇA – “Ainda pequena, eu já dizia
que seria atleta, só não sabia ainda de que (risos).
Comecei a jogar vôlei aos 12 anos de idade, em uma
escolinha no Patafufo, com o professor Antônio. Aos
14, passei a jogar na Praça de Esportes com
o técnico Marcelo Costa, quando passei a defender
as cores da cidade. Nessa época, treinava handebol
e vôlei e jogava de tudo um pouco. Jogava nos
Jepam pelo conhecido Colégio das Irmãs em todas as
modalidades. Sempre fui fominha de bola (mais risos).
Aos 15 anos, me decidi pelo vôlei. Em julho de 1999,
fui para Uberlândia/MG jogar pelo Sesi e em 2000,
para Barbacena”.
BARBACENA – “Moro aqui há 11 anos. Vim
exclusivamente para jogar vôlei; primeiramente, vôlei
de quadra. Esta cidade sempre teve muita tradição na
modalidade e é considerada um dos pólos do voleibol
nacional, graças ao belo trabalho realizado pelo técnico
Júlio Tadeu, através de investidores locais. A campeã
olímpica Sassá nasceu e foi formada esportivamente
aqui. Além dela, várias outras atletas foram formadas
aqui. Desde que vim para Barbacena, tenho todas as
minhas despesas de moradia e alimentação pagas.
Hoje tenho 4 patrocinadores (Unimed, Roselanche,
Centro Gráfico e Rivelli). São eles que garantem
minhas despesas aqui e nas competições”.
9ª POSIÇÃO – “Jogando e treinando vôlei de quadra,
em 2003, jogamos, Luciene e eu, pelo Campeonato
Mineiro de Vôlei de Praia que foi realizado em Juiz de
Fora/MG. Vencemos. Logo em seguida, jogamos pela
1ª vez em uma etapa do Circuito Nacional, em Juiz
de Fora mesmo. Jogamos bem e ficamos encantadas
com a modalidade. Até 2006, jogamos apenas
algumas etapas, 3 ou 4 das 12 que aconteciam. Aí
a Luciene parou de jogar. Então, no início de 2007,
com orientação do meu técnico, Júlio Tadeu, pulamos
definitivamente para o vôlei de praia. Montamos uma
super estrutura, com centro de treinamento, patrocínios
e muito trabalho. Passei a jogar com outras
parceiras e os resultados apareceram. Em 2007,
iniciei na 42ª posição no ranking individual e terminei
em 14ª. No final de 2008, estava rankeada entre as
melhores duplas do país, encerrando o ano na 10ª
posição. O ano de 2009 foi brilhante, com ótimas
colocações. Em 2010, estive pela 1ª vez em uma semifinal.
Hoje estou na 9ª posição do ranking individual.
REMUNERAÇÃO – “Esse circuito é organizado pela
Confederação Brasileira de Voleibol e patrocinado
pelo Banco do Brasil. São 12 etapas no ano, onde
cada etapa é como se fosse um campeonato com as
fases classificatórias, eliminatória, semi-final e
final. Cada etapa é em um Estado diferente e muitas
etapas acontecem em cidades que não têm praia. É
um circuito profissional, onde os atletas recebem para
jogar, através das premiações. Somos remuneradas de
acordo com a nossa colocação na etapa. De acordo
com a colocação tem uma pontuação e uma premiação
em dinheiro... Fora isso, jogo nos Jogos Abertos
de são Paulo, representando uma cidade paulista.
Joguei também neste ano o Campeonato Brasileiro
Universitário de Vôlei de
Praia. Joguei também, no ano passado, uma etapa do
circuito mundial, pois
estava bem colocada e como foi em Brasília/DF
meus patrocinadores autorizaram e bancaram a
participação”.
RECONHECIMENTO – “Estou vivendo um momento de
muita felicidade. Estar jogando no maior campeonato
de vôlei de praia do mundo e estar disputando de igual
para igual com feras como Juliana/Larissa, Shelda,
Virna, Nalbert, Emanuel/Ricardo, Leila, etc. que,
alguns deles, eram meus ídolos quando comecei a
jogar, é muito bom e satisfatório. Terminei o ensino
médio aqui, em Barbacena, fiz faculdade de Educação
Física e hoje sou atleta profissional de vôlei de praia.
Além de trabalhar, dou aula de educação física em
uma escola federal e tenho também uma escolinha
particular de voleibol de quadra, onde funciona também
um projeto social, através da Unimed de Barbacena.
Agradeço sempre a Deus por ter me encaminhado para
o lugar certo e ter colocado as pessoas certas no meu
caminho”.
PARÁ DE MINAS – “Ainda tenho muito contato com
Pará de Minas, pois meus pais e toda a minha família
moram aí. Sinto muito bem quando chego aí, de me
sentir em casa. Não dá para ir muito por causa dos
compromissos com treinos e competições. Procuro
acompanhar tudo que acontece, esportivamente falando,
na cidade. Mas fico um pouco triste e preocupada
com a formação esportiva da cidade. Precisamos unir
o poder público, empresários, profissionais e toda a
comunidade para termos novos atletas pará-minenses
sendo revelados. Estou, inclusive,