Os alunos do Colégio Passos (foto) comemoraram o
dia do índio, 19 de abril, na aldeia Kaxixó, próxima
a Martinho Campos/MG, no local chamado Capão
do Zezinho. Os alunos tiveram uma inesquecível
experiência, e puderam conhecer os detalhes sobre
a diversidade da cultura branca e indígena, além da
diversidade entre a cultura indígena desde os tempos
do Descobrimento do Brasil e a cultura indígena
nos tempos de hoje, modernizada. A visita estava
planejada a algum tempo, de modo a dar continuidade
ao projeto deste ano na escola, cujo tema é Viver é
aprender - Diversidade Cultural. Os alunos puderam
conhecer o dia a dia indígena, com direito a danças,
brincadeiras, comidas típicas, pinturas corporais e
outros costumes, sempre permitindo a interatividade
entre os alunos e os índios. Além de uma divertida
partida de futebol, que uniu índios e alunos, duas
sociedades tão diferentes.
A TRIBO - A tribo Kaxixós é um grupo de indígenas,
que depois de séculos no anonimato, sufocados pela
perseguição e pela discriminação, reapareceu com
o desejo de resgatar seus costumes e valores que
estiveram disfarçados por tempos e tempos, porém
jamais perdidos. No início deste século, depois de
muitos anos de luta, esse povo foi reconhecido como
grupo indígena. Segundo o cacique Djalma, kaxixó
significa pedra. O grupo indígena dos kaxixós, hoje
é composto de cerca de 80 pessoas, é o que sobrou
da população de índios que viviam na região do
baixo rio Pará como agregados e jagunços, após
lhes haverem tomado a terra que lhes pertencida por
direito de nascença, conforme relatos dos indígenas.
Os kaxixó moram em casas de alvenaria, dispõem de
água encanada, energia elétrica, antena parabólica
e outras modernidades. As duas únicas construções
do lugar que não são de alvenaria são o rancho,
a casa de Ritual, onde praticam as suas danças
tradicionais e o rancho de festas, lugar para festas
e comemorações. Essas construções são cobertas de
capim e não têm paredes. No Capão do Zezinho há um
prédio destinado ao funcionamento de uma escola.
Alguns indígenas estão estudando na UFMG para
tentar resgatar a sua cultura. Os Kaxixós sobrevivem
trabalhando como vaqueiros e roceiros nas fazendas
próximas de seu pequeno território. Alguns praticam
a agricultura familiar cultivando cereais.