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Todo dia era dia de índio - 30/04/2010

Os alunos do Colégio Passos (foto) comemoraram o dia do índio, 19 de abril, na aldeia Kaxixó, próxima a Martinho Campos/MG, no local chamado Capão do Zezinho. Os alunos tiveram uma inesquecível experiência, e puderam conhecer os detalhes sobre a diversidade da cultura branca e indígena, além da diversidade entre a cultura indígena desde os tempos do Descobrimento do Brasil e a cultura indígena nos tempos de hoje, modernizada. A visita estava planejada a algum tempo, de modo a dar continuidade ao projeto deste ano na escola, cujo tema é Viver é aprender - Diversidade Cultural. Os alunos puderam conhecer o dia a dia indígena, com direito a danças, brincadeiras, comidas típicas, pinturas corporais e outros costumes, sempre permitindo a interatividade entre os alunos e os índios. Além de uma divertida partida de futebol, que uniu índios e alunos, duas sociedades tão diferentes. A TRIBO - A tribo Kaxixós é um grupo de indígenas, que depois de séculos no anonimato, sufocados pela perseguição e pela discriminação, reapareceu com o desejo de resgatar seus costumes e valores que estiveram disfarçados por tempos e tempos, porém jamais perdidos. No início deste século, depois de muitos anos de luta, esse povo foi reconhecido como grupo indígena. Segundo o cacique Djalma, kaxixó significa pedra. O grupo indígena dos kaxixós, hoje é composto de cerca de 80 pessoas, é o que sobrou da população de índios que viviam na região do baixo rio Pará como agregados e jagunços, após lhes haverem tomado a terra que lhes pertencida por direito de nascença, conforme relatos dos indígenas. Os kaxixó moram em casas de alvenaria, dispõem de água encanada, energia elétrica, antena parabólica e outras modernidades. As duas únicas construções do lugar que não são de alvenaria são o rancho, a casa de Ritual, onde praticam as suas danças tradicionais e o rancho de festas, lugar para festas e comemorações. Essas construções são cobertas de capim e não têm paredes. No Capão do Zezinho há um prédio destinado ao funcionamento de uma escola. Alguns indígenas estão estudando na UFMG para tentar resgatar a sua cultura. Os Kaxixós sobrevivem trabalhando como vaqueiros e roceiros nas fazendas próximas de seu pequeno território. Alguns praticam a agricultura familiar cultivando cereais.

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