BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”! |
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Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1900 abaixo:
NÃO FIQUE RECLAMANDO POR TER QUE ESTENDER CAMAS, TODO DIA...
Certa vez, seis amigas, de longa data, todas com um pouco mais de sessenta anos, combinaram de se encontrar, em algum barzinho da cidade, em toda última 5ª feira do mês. Lógico que, uma vez ou outra, não dá certo e o encontro é desfeito. Segundo a mulher de cabelos cor de beterraba, líder do grupo, não vale a pena se encontrarem, quando uma ou outra não pode ir. Nesses encontros, aquelas mulheres desopilam os seus fígados, com muitos risos e conversas fiadas sem fim, sempre regadas a Cuba Libre e bons tira-gostos. Naquela noite, quem escolheu o barzinho foi a mulher tensa, que sempre reclama de quase tudo que faz. Não raras vezes, quando ela começa com o seu queixume, alguma das outras cinco costuma pedir trégua:
- Pelo amor de Deus, fulana! Relaxa, pelo menos hoje...
Dessa vez, todos esperavam que ela não fosse se queixar de nada, uma vez que tinha sido ela mesma que havia escolhido o local do encontro. Ledo engano, porque não tendo do que reclamar (bar, atendimento, bebidas e tira-gostos), ela começou a reclamar da altura do som do aparelho de tv, com notícias do retorno desesperado da covid-19 e do estado de saúde do presidente Bolsonaro, além das coisas que acontecem no dia a dia de sua casa, como o marido dela, numa roda, onde a maioria era viúva ou divorciada. Logo, logo a louraça falou:
- Olha aqui, fulana, quando a gente começa a ver só defeito no marido, de duas uma: ou você se divorcia logo, como eu e mais uma ou duas aqui já fizemos, ou vai dormir no quarto de visitas (risos).
A que usa corte de cabelos a la Joãozinho, bradou:
- Não, não saia de seu quarto, de jeito nenhum. Põe o seu marido pra fora. Mas não o coloque no quarto de visitas. Põe logo na casinha do cachorro! (risos sem fim).
Apesar da mulher tensa ter se calado por alguns minutos, daí a pouco ela começou a se queixar da diarista de sua casa:
- Aquela não aprende! A gente fala uma coisa mil vezes e, no outro dia, ela volta a fazer tudo, exatamente do mesmo jeito que ela estava fazendo. Às vezes, penso que ela é burra mesmo, sem inteligência nenhuma...
A mulher de cabelos brancos falou, com preconceito:
- Minha filha, como dizia o meu pai, se elas fossem inteligentes não seriam diaristas! (novos risos).
A mulher tensa pulou desse assunto para outro:
- Meu filho nunca contribui com nada em casa: nunca estende a cama, não lava, sequer, um copo que suja, pede tudo na mão e ainda urina fora do vaso (muitos risos).
Nessa hora, falou a mulher que havia perdido um filho, na flor da idade:
- Ai, que inveja eu sinto de você que arruma a cama de seu filho, todo dia... Isso não é nada perto do que eu vivo, há dois anos e três meses... Eu nunca mais arrumei a cama do meu filho... (choro).
E você, o que pensa das pessoas que passam a vida reclamando de tudo que fazem?
UMA BOA LEITURA!
O editor GP escreve mais uma crônica: A POLÍTICA, OS POLÍTICOS E O POVO